
Muita gente entra e sai decepcionada das igrejas diariamente. Mesmo sem nenhuma estatística confiável para isso, as razões para a evasão são muitas: desapontamento com erros da liderança, desentendimentos com outros membros e frustração com doutrinas rígidas demais são algumas delas. Contudo, nada anda afastando mais as pessoas das igrejas do que a ênfase exagerada nas questões materiais. Denominações que exploram seus fiéis, pastores que vinculam as bênçãos de Deus a ofertas financeiras e promessas de fé não cumpridas costumam ser as principais alegações de quem se afastam da comunhão.
Fato é que, ultimamente, falar mal da igreja virou moda. Seja nas comunidades alternativas que se formam à margem da chamada igreja institucional, seja no território livre da internet, o que mais se vê são críticas à Igreja, como um todo, e às denominações, em particular. Os desigrejados – aqueles que não estão ligados a nenhuma igreja, um contingente que não para de crescer – apresentam muitos argumentos, e boa parte deles, evidentemente, fazem sentido para quem se decepcionou com a igreja. Mas são muitos os insatisfeitos que apenas criticam o ministério alheio, sem a menor misericórdia ou mesmo sem medir as conseqüências que tais atos e palavras farão no coração de irmãos na fé que pensam de modo diverso. É gente que usa todos os espaços disponíveis para extravasar seus piores sentimentos, sem observar as advertências de JESUS sobre o cuidado que se deve ter para não levar os outros ao tropeço.
Não seríamos, como comunidade evangélica, mais fortes se pudéssemos nos ajudar, ao invés de apenas nos criticarmos? Até que ponto criticar ajuda alguém a se desenvolver melhor? Ora, todos nós temos, de alguma maneira, certas frustrações ou reservas em relação a pastores e líderes que um dia passaram em nossa vida. Assim como temos os mesmos sentimentos também em relação a nossos pais, filhos, cônjuges ou patrões – todavia, isso não impede que haja AMOR e RESPEITO nessas relações. Quem nunca errou ou pecou!? Liderar, sem dúvida, é difícil! E só o sabe quem já exerceu liderança. Além do mais, é preciso estar dentro de uma instituição para se poder atuar criticamente em relação a ela – ao menos, para que as críticas tenham mais legitimidade.
Criticar, sim. Falar a verdade, sempre. Mas sem amor, graça, misericórdia e respeito, nunca! Afinal, foi através da Igreja, o Corpo de Cristo, e de suas expressões locais, que a maioria absoluta dos crentes pôde chegar aos pés do Divino Mestre JESUS. Queridos leitores, APESAR DE TUDO, PESSOAS SÃO SALVAS ALI, NA IGREJA RECONHECENDO A SUFICIÊNCIA DO SACRIFÍCIO DE CRISTO!
Texto adaptado por Maria Marques de Araújo (Pastora titular da Igreja Batista Independente Betel – Sta Cruz do Capibaribe-PE)