sábado, 17 de setembro de 2011

Renda maior aumenta gastos com beleza e faz de salão o negócio da vez


Sandra Ribeiro investiu cerca de R$ 30 mil para abrir seu próprio negócio

Depois de 25 anos trabalhando como funcionária, a manicure Sandra Ribeiro decidiu abrir o seu próprio salão. Juntou as economias que tinha, fez um empréstimo no banco e com a ajuda dos filhos reuniu cerca de R$ 30 mil para mobiliar um imóvel alugado com cadeiras, sofás, espelhos e instrumentos básicos. O local escolhido foi uma garagem no bairro de Perdizes, Zona Oeste de São Paulo, numa rua onde existem outros cinco salões a menos de 100 metros de distância. Mas, segundo ela, o movimento das primeiras semanas do negócio tem mostrado que clientela é o que não falta.

“Tem muito salão, mas também tem muito prédio e muita mulher dentro de cada prédio”, diz a empreendedora, que agora virou patroa de duas funcionárias e já chega a atender 15 clientes por dia. “Os primeiros dias foram difíceis. No primeiro, atendi um único cliente. No segundo, foram dois, e depois foi aumentando. Estou tendo que conquistar uma nova clientela. Mas está melhor do que imaginei e acho que foi a melhor coisa que eu fiz”, completa.

Como Sandra, muitos outros empreendedores têm apostado alto na vaidade do brasileiro, e ajudado a impulsionar o crescimento do setor de serviços do país, que se destaca no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No segundo trimestre deste ano, os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os serviços tiveram expansão de 0,8%, a maior entre os setores da economia.

Dados da Junta Comercial mostram que na cidade de São Paulo o número de registros em cartório de novos estabelecimentos ligados ao setor de beleza já supera, por exemplo, o de lanchonetes e estabelecimentos similares como casas de chá e de sucos.

Entre janeiro e julho deste ano, foram abertas em São Paulo 2.445 empresas de serviços relacionados à beleza, uma alta de 85% em relação ao número de registros no mesmo período do ano passado (1.317). Já o número de abertura de lanchonetes e similares subiu de 1.705 em 2010 para 1.989 em 2011 (alta de 12,5%). Segundo os dados da Junta, existem em atividade na cidade 10.123 estabelecimentos ligados à beleza e 40.552 lanchonetes.

Foto: Darlan Alvarenga/G1 - Do PEGN