sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Editorial da Revista Desafio's edição 74


Marcos Dantas - Jornalista e editor

Retroagindo aos tempos idos dos anos 60, 70 e 80, nos deparamos de vez em quando com nossas recordações pensamentosas e saudosistas, de forma que nos damos conta mesmo, é que vivemos em os melhores dias de todas as épocas, quando se viveu a era de ouro da radiofonia brasileira, onde se ouvia as mais revolucionárias e marcantes músicas, incluindo a jovem guarda, combinando com o iê iê iê. Os automóveis eram mais raros e feitos de materiais de boa qualidade que resistiam ao tempo. Montados em cima de chassis, tinham carrocerias fortes e mais resistentes aos impactos das batidas que até eram poucas, pelas baixas velocidades. Os Gordinis, Dofines, DKW, Rurais, Aero Willys. Jeep, Landau, Opalas e uma porção deles, nos trazem boas lembranças recordatórias Já em matéria de ensino, a tabuada, cartilha do ABC e palmatória, fizeram a diferença em comparação com o maternal e a alfabetização moderna. A lembrança do primário, colegial ginasial, clássico e do científico, ficaram no esquecimento deixando os bons costumes de se orar o Pai Nosso e cantar o hino nacional e, em fila, seguia as professoras para as salas de aula em obediência e respeito, que ficaram pra traz. Hoje, com o ensino médio e fundamental, e o uso das calculadoras e o computador, a moçada nem mais sabe o que é tirar a prova dos nove e os significados e valores dos algarismos romanos. Até duvido se os alunos do século XXI saibam fazer se quer uma conta de dividir com três números. A reprovação então, agora é até proibido, para não haver constrangimento para a criançada que logo cedo já se liga é em ficar com as minas que derem bobeira. A recuperação, que antigamente era conhecida como a 2º época, é só um faz de conta, para evitar que se repita o ano. Reparando bem direitinho, a antiguidade agora tem o nome de retrô. Os objetos, roupas, carros, músicas e até costumes antigos estão em moda, asseverando assim que os retroados tempos idos não conseguem serem deixados pra traz sem que haja lembranças suas. Abençoados e felizes mesmo, são os que viveram estes bons momentos da vida de outrora.

Por Marcos Dantas - Jornalista e editor da Revista Desafio’s.