terça-feira, 9 de agosto de 2011

Avanço genético não conhece limites ou fronteiras


As pesquisas sobre o genoma do boi continuam avançando aceleradamente. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) apresentou nesta segunda-feira (8/8), em São Paulo, estudo inédito sobre o sequenciamento genético da maior raça bovina do Brasil, a nelore. O país tem cerca de 200 milhões de cabeças de gado e 80% deles são dessa raça originária da Índia.

Essa pesquisa abre as possibilidades de controle do processo de seleção dos melhores animais e de seus cruzamentos. Isso permitirá, por exemplo, o rápido aumento da produção de carne e de leite, a partir da valorização das características mais importantes, como ganho de peso, velocidade de crescimento e acabamento, fertilidade e adaptação aos diferentes tipos de clima. Permitirá ainda o controle de enfermidades.

A ciência já descobriu também o gene da maciez da carne. Globo Rural foi uma das primeiras revistas a mostrar o “boi macio.”

Segundo escreveu o diretor de redação da revista, Bruno Blecher, os “fazendeiros têm mais pressa que a ciência, e já empregam tecnologias que lhes conferem o poder do Criador.”

O trabalho sobre o sequenciamento genético do nelore foi coordenado pelo professor José Fernando Garcia, do Campus de Araçatuba (SP) da Unesp. Houve colaboração de cientistas internacionais.

Sebastião Nascimento

(foto: Ernesto de Souza)