sexta-feira, 1 de julho de 2011

Garota de Meridiano (SP) que chora sangue será examinada por especialistas em São Paulo



José Bonato
Especial para o UOL Notícias
Em Ribeirão Preto
  • A adolescente Débora Oliveira dos Santos, que vive no interior de São Paulo e, desde os 14 anos, sangra pelos olhos quando chora: mistério intriga a medicina

    A adolescente Débora Oliveira dos Santos, que vive no interior de São Paulo e, desde os 14 anos, sangra pelos olhos quando chora: mistério intriga a medicina

O mistério de uma garota que vive no interior de São Paulo e chora sangue pode estar perto de ser esclarecido. Débora Oliveira dos Santos, 17, vai ser examinada nesta quinta-feira (30) na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na capital.

A história de Débora deixou intrigados médicos que a examinaram em Meridiano e São José do Rio Preto, cidades que ficam na região noroeste de São Paulo. Segundo a família, ela sangra pelos olhos toda vez que chora, fica nervosa ou ansiosa, desde os 14 anos de idade. “Não aguento mais essa situação”, disse a jovem.

De acordo com o clínico-geral Orlando Cândido Rosa Filho, que atendeu Débora em Meridiano (535 km de São Paulo) e a acompanha na consulta de hoje em São Paulo, glóbulos vermelhos são expelidos junto com as lágrimas quando a adolescente chora.

A hipótese de médicos é de que a garota tenha uma doença chamada coagulopatia, um distúrbio na coagulação do sangue, ou um problema emocional relacionado a uma agressão que ela sofreu de uma ex-patroa, quando era babá, em Cacoal, no Piauí.

A família de Débora é de Fortaleza. A garota e a mãe dela residem em Meridiano há dois meses. Elas se mudaram para a cidade, onde têm parentes, em busca de ajuda para os sangramentos, que também atingem a vagina, os ouvidos e o ânus.

“Ela era babá em uma casa e a mulher a espancava. Os médicos acreditavam que algum vasinho tinha estourado”, disse a prima Diana de Oliveira.

De acordo com a prima, como os médicos em Fortaleza não conseguiram descobrir as causas do problema, eles aconselharam a família a procurar ajuda em outras regiões ou mesmo fora do país.

Quando o pai de Débora morreu, a família chegou a achar que a garota ia morrer de hemorragia por causa da quantidade de sangue que expelia quando chorava.