quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Terceirizar os serviços também é vantajoso para pequena empresa, afirma consultor


Algumas poças de água, marcas de sapato.

O chão da sua empresa precisa de uma boa limpeza para iniciar o dia após um grande temporal. De manhã, você descobre que a funcionária do setor está doente e não vem trabalhar. O que fazer? Esse é apenas um dos motivos pelo qual a terceirização começa a estar presente também nas micro e pequenas empresas, depois de já estar completamente aceita nos grandes empreendimentos. Os setores de limpeza, entregas e vigilância, geralmente, são os primeiros a serem terceirizados, mas alguns empresários ainda têm dúvidas e desconfianças na contratação. O consultor Vilson Trevisan, especialista em Asseio, Conservação e Vigilância, diz que o serviço tem como base uma composição de parcerias. “Escolha bem a empresa de prestação, pedindo informações a outras contratantes ou sindicatos, exija conhecer a planilha de custos do serviço, vigie os passos da contratada e peça os comprovantes. Desta forma, o empresário minimiza os riscos”, aconselha. Se os bancos foram os primeiros a terceirizar os serviços de limpeza, com vistas a reduzir os encargos sociais há décadas, hoje, muitas empresas entendem que é essencial se concentrar na atividade fim e contratam cada vez mais a prestação de serviços. A Morena RH, com 30 anos no mercado de terceirização em Mato Grosso do Sul, ampliou o número de clientes ao oferecer uma série de novos profissionais. “Nos edifícios, passamos a propor também o porteiro, além da equipe de limpeza. Mas a empresa pode contratar desde secretária, lavadores de grandes veículos ou manutenção predial”, explica Leonardo Tambellini da Cunha, diretor administrativo. Para ele, nos últimos anos cresceu o número de clientes e também o nível de exigência. “É preciso qualificação constante, treinamento e compra de equipamentos modernos”, diz Tambellini. Para discutir mais sobre o assunto, gestores públicos, pregoeiros e responsáveis pela contratação de serviços em empresas publicas e privadas participaram do Seminário A Terceirização e suas Relações, realizado na quarta-feira (18), pelo Sebrae/MS e Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação (Seac/MS). Estes profissionais estão conhecendo quais as novas determinações para serviços terceirizados, e recebem orientações na formação de custos da atividade. O seminário é ministrado pelo consultor Vilson Trevisan, do Paraná. “Com o equilíbrio da economia brasileira e a globalização, o mercado ficou mais sensível aos valores praticados”, avalia o consultor Trevisan. Ele diz que é imperativo para prestar um bom serviço continuado as empresas de limpeza e conservação se organizem, conheçam bem seus custos, tenham estatísticas, informação e saibam gerenciar pessoas. “É um setor com muitas oportunidades. Com R$ 30 mil de capital de giro é possível abrir uma empresa de prestação de serviço, mas se não tiver bem estruturada, não sobrevive muito tempo”, alerta. O consultor destaca uma questão que envolve o setor e que contratado e contratante devem observar: “O término do contrato dos serviços implica rescisão contratual do funcionário. Em inúmeras vezes o trabalhador continua a exercer o posto de serviço no mesmo local, pela sucessora do contrato, neste caso a lei não reconhece esta extensão e tem produzido a necessidade de indenização rescisória total, aviso prévio e multa de 40%”. Atento às vantagens que a terceirização oferece, uma gráfica rápida da capital optou pela contratação dos serviços de limpeza e entrega há quase cinco anos. “Acredito que os custos são semelhantes. Mas as vantagens da terceirização desses serviços, que não são fim, mas essenciais no dia-a-dia da empresa, superam as questões financeiras. A nossa experiência já provou que quando a qualidade do serviço cai, solicitamos a troca ou o treinamento do funcionário. A solução vem com um telefonema”, argumenta Luís Gonçalves dos Santos, gerente administrativo da empresa.
Da Agência Sebrae de Notícias