quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Projeto desenvolvido em Taperoá para combater a cochonilha-do-carmim vem sendo referência para outros municípios do Cariri


A Prefeitura Municipal de Taperoá, através da Secretária Municipal de Agricultura está desenvolvendo no município de Taperoá um projeto ousado de disseminação da Palma resistente a cochonilha-do-carmim, a praga ataca a palma forrageira, usada na alimentação dos rebanhos bovinos, caprinos, ovinos e outros animais nos períodos de estiagem, a doença deixa a planta debilitada provocando o amarelecimento, seca e morte das raquetes em curto espaço de tempo.

O Projeto consiste em fazer um levantamento detalhado da ocorrência da cochonilha-do-carmim em todo o município e logo em seguida incentivar a cultivação da Palma resistente a doença, para isso o Município de Taperoá adquiriu 200 mil raquetes de Palma resistente à doença, as raquetes foram cultivadas na Fazenda Pedra Rica em Barra de Santana, pertencente ao Professor Anselmo Rodrigues, filho natural de Taperoá, o mesmo é um ferrenho pesquisador da doença, ele é Doutor em Agronomia e vem desenvolvendo outros projetos em Taperoá como a disseminação da Tilápia Nilótica, Carpa, Acerola e o capim urucrua. “O Prefeito de Taperoá Deoclécio Moura mostra visão de futuro ao implantar o projeto aqui no município, além de me conceder à honra de poder dar uma grande contribuição com o desenvolvimento de minha terra”, comentou o professor.

O Professor Anselmo Rodrigues lembra que o Projeto é um trabalho pioneiro no Cariri, para dar uma noção ele lembra que enquanto o Estado da Paraíba está adquirindo 300 mil raquetes de palma resistente à cochonilha-do-carmim para distribuir em todo o Estado o município de Taperoá adquiriu 200 mil raquetes somente para o município, por essa diferença outros municípios do Cariri vem procurando Taperoá para saber mais sobre o projeto.

A Palma está sendo distribuída com todas as Associações Rurais do Município e conseqüentemente cada Associação fará a distribuição com os seus agricultores, para isso a Prefeitura Municipal está disponibilizando (01) uma hora de corte de terra para vários agricultores do município.

O professor mostra à importância do projeto comparando a Palma Comum com a Palma Doce resistente a cochonilha-do-carmim: “A Palma Comum depois de plantada o agricultor colhe de 08 a 12 raquetes anuais enquanto a Palma Doce ele colhe de 30 a 40 anuais, é visível a vantagem basta fazer uma simples comparação enquanto uma vaca consome diariamente 66kg de Palma Gigante essa mesma vaca só vai consumir 42kg da Palma doce, isso confirmado em pesquisas, outra grande diferença é o aumento da produtividade de leite, segundo pesquisas esse aumento chega a ser de 10% a 15% maior, não é pra menos que a Palma Doce é conhecida como Palma de Engorda, pois em condições adversas não precisa de acréscimo de tortas para a nutrição dos animais, justamente porque a Palma Doce contêm muitas fibras”, finaliza o Professor.

Segundo o que Portal Mais Taperoá pode apurar existe cerca de três mil produtores de leite na região conhecida como Bacia Leiteira e Médio Sertão no Estado do Alagoas, gerando através dessa atividade 25 mil empregos diretos e influenciando a vida de 300 mil habitantes. Todo esse complexo localiza-se numa região de grande escassez de chuvas, tendo na palma seu principal sustentáculo forrageiro, devido à sua adaptabilidade às condições do semiárido, talvez seja por isso que o projeto vem ganhando status de redenção da agricultura em Taperoá.

Do Mais Taperoá