São Paulo - Hábitos saudáveis provavelmente são o fator mais importante para se chegar bem aos 80 anos, mas para sobreviver aos 100 é preciso ajuda do DNA. Isso é o que indica estudo publicado na Science, no qual pesquisadores norte-americanos e italianos encontraram 150 marcadores genéticos - variações de uma única letra no material genético, espalhadas por todos os cromossomos humanos - cuja presença permite determinar, com 77% de precisão, se uma pessoa é centenária."Suspeitávamos há tempos que a capacidade de viver 20 anos ou mais além dos 80 é, em sua maior parte, ditada pelos genes", explicou Paola Sebastiani, professora de Bioestatística da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston e autora do estudo. Ela diz que o fato de as 150 variações de DNA encontradas terem permitido identificar centenários com alta precisão indica que a longevidade excepcional tem forte base genética. "O fato é que 15% da população tem a assinatura genética que eleva a chance de viver até os 100 anos entre 65% e 98%", diz.
O Estado de S. Paulo.