“Quem chega em Recife, logo fica apaixonado! Beleza por todo
lado, Recife é linda demais. Praia de boa viajem, Capibaribe e pontes...”
Diante deste exposto refrão, observamos que de fato e certamente, o Capibaribe
é sem comentário o mais importante, conhecido, navegável e explorado rio,
dentre os que deságuam no oceano, passando pelo centro do Recife.
O Beberibe, que se une a este gigante antes de ir pro mar, é
outro que corre pontes abaixo, a exemplo da Ponte Preta, na Av. Pan Nordestina,
fazendo a divisa da cidade de Olinda com
a capital pernambucana ao norte e segue passando pela Ponte de Limoeiro, derramando
no mar com o Capibaribe, que por sua vez deixa pra traz as Pontes Princesa
Izabel, Duarte Coelho, da Boa Vista, Ponte Velha, os Bairros dos Coelhos, Ilha
do Retiro, Beira Rio, Torre, Jaqueira, Santana, Casa Forte, Apipúcos, Dois
Irmãos, cruza a Av. Caxangá no final
dela e toma rumo pelas cidades de Camaragibe, são Lourenço, Tiúma, Paudalho, Carpina,
Limoeiro, subindo pela zona da mata e agreste a fora, até a sua nascente na
cidade de Porção, no sertão de Pernambuco.
Por outro lado, geograficamente falando, ao Rios Jordão e
Ipojuca também chegam ao mar trazendo águas de seus afluentes, por outras
Pontes: a Motocolombó, Ponte do Pina, dando o ar de suas graças e embelezando
as paisagens do Shopping Rio Mar, Cabanga Iate Clube, cais José Estelita, do
Apolo, da alfândega, Ponte giratória, Prefeitura, até desembocar no Atlântico
nas proximidades do Porto, agora, Terminal Portuário de Passageiros.
Ao todo, o cenário de ilhotas, manguezais, águas fluviais e
oceânicas é composto por dez pontes, tendo como destaque especial a Ponte
Governador Maurício de Nassau, sendo ele o idealizador desta magnífica obra, que
foi a primeira Ponte erguida na América Latina. E lá nos tempos idos, ela
simplesmente girava para dar passagem para as antigas embarcações de grande
porte. Desta e de tantas outras formas, os rios do Recife tem motivos de sobra
para serem admirados, respeitados, comentados, fotografados, filmados e
representados por suas águas mornas ou frias, as vezes cheios ou vazios, dependendo
da maré, alta ou baixa. Rios tais, que determinam as belezas e as vergonhas de
nossos povo zeloso ou imundo e de autoridades, dependendo de como e de quem
trata e cuida do belo Recife, cidade dos Rios.
- Do livro "Delira, Dantas!!!" - De marcos Valério de Lira Dantas