Uma reviravolta mudou o rumo das investigações no caso do humorista e radialista Rodrigo Vieira Emerenciano, de 33 anos, conhecido como Mução. Na noite da sexta-feira 29, a Polícia Federal divulgou que através de um novo depoimento, que Mução levantou a hipótese de que as atividades ilícitas pudessem ter sido realizadas por uma terceira pessoa. Através das informações fornecidas em interrogatório, foi realizada uma nova diligência, que culminou na identificação, intimação e a consequente confissão do irmão Bruno Vieira.
O irmão de Rodrigo ocupava um cargo de diretor na empresa do radialista e tinha livre acesso aos sistemas e equipamentos utilizados. Em confissão, o rapaz declarou que utilizou os computadores, se fazendo passar por Mução, para divulgar na internet imagens e vídeos de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito. Ainda de acordo com a polícia as investigações devem prosseguir. Mução foi posto em liberdade logo em seguida.
Entenda o caso
Mução foi preso, na última quinta-feira (28), na casa onde mora, no bairro de Meireles, em Fortaleza, sob a acusação de divulgar, na internet, imagens e vídeos de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito. O mandado de prisão temporária, válido por cinco dias, foi expedido pela secção pernambucana da Justiça Federal porque no início das investigações, em dezembro do ano passado, Mução morava no Recife. O advogado do radialista, Waldir Xavier, chegou ao Recife nesta sexta (29) e garantiu que seu cliente estaria sendo vítima de um mal-entendido. Os equipamentos eletrônicos, como notebook e tablet, além de HDs, CDs e DVDs, foram apreendidos e periciados.
O humorista e radialista volta ao trabalho normalmente a partir desta segunda-feira (2) e gravará uma mensagem aos ouvintes do seu programa de humor, que é veiculado em várias emissoras do Brasil, sobre o episódio em que foi preso sob suspeita de envolvimento com troca de material de pornografia infantil na internet.
A informação foi divulgada pelo advogado Waldir Xavier durante uma entrevista coletiva em Recife na tarde deste sábado (30). O advogado Bruno Coelho e o empresário João Marcelo Pires também participaram da coletiva. Eles ratificaram a inocência do humorista, que não participou da entrevista sob o argumento de querer "preservar seu personagem radiofônico".
Mução foi solto da sede da Polícia Federal em Recife na noite de sexta-feira (29) após o irmão Bruno Vieira ter confessado em depoimento que usou a senha e o email do humorista para acessar os sites de pornografia infantil.