Quando se coloca o Minha Casa Minha Vida nos números, o estado teve um recuo de aproximadamente 30%. A explicação para a redução das contratações se deve ao fato de, em 2010, o estado ter iniciado o processo de construção de casas para as vítimas das enchentes ocorridas na Mata Sul. Em 2011, como não houve catástrofes naturais da mesma proporção em Pernambuco, as unidades residenciais foram direcionadas a outros tipos de público. Desde o início do programa, em 2009, houve contratos para a construção de 58.324 unidades, dos quais aproximadamente 16 mil foram relacionados a enchentes. No total, mais de 13 mil já foram entregues para a população.
Na Região Metropolitana do Recife (RMR), algumas cidades se destacaram no crescimento de imóveis financiados dentro do Minha Casa Minha Vida. Segundo a Caixa, municípios como Abreu e Lima e Igarassu apresentaram maior número de unidades habitacionais, principalmente para a chamada “faixa 1”, que é composta por famílias com rendimento mensal de até R$ 1,6 mil. Áreas mais centrais, dentro do Recife ou próximo de áreas mais adensadas, apresentam carência na oferta de terrenos. O tipo de público que está buscando o financiamento também vem apresentando mudanças.
“A gente tem percebido a busca das pessoas, dentro do Minha Casa Minha Vida, por imóveis localizados em municípios da Região Metropolitana do Recife, que estão mais integrados com a capital. Há uma mudança também no perfil dos clientes. Além das pessoas das classes D e C, percebemos um crescimento de clientes das classes A e B, que estão buscando financiamento conosco, por conta das vantagens”, contou Paulo Nery, superintendente regional da Caixa no Recife.