O Senhor não nos deixou qualquer exemplo de uma vida
religiosa afastada do mundo, isto é, de que devemos nos
retirar como ermitãos para nos livrar de todas as tentações.
Nosso Salvador, em Sua sabedoria, nos demonstrou um padrão
bem diferente de vida -- não o de fugir do relacionamento
com os homens para um lugar isolado ou um deserto, mas o de
viver entre os homens, com liberdade e inocência. Às vezes
ele se retirava para momentos privados de oração, como nós
devíamos fazer, mas, passou a maior parte de Sua vida
convivendo com os homens, para que pudessem se beneficiar de
Seus ensinos e exemplo. Está escrito: "Ele foi levado ao
deserto para ser tentado" e não que tenha vivido lá para
evitar a tentação. Ele nos mostrou como negar o mundo sem se
afastar dele. (Adaptado de texto de John Tillotson
(1630-1694)
Nós somos cristãos e o Senhor espera que sejamos Suas
testemunhas, tanto em nossa casa, como em nosso bairro, em
nossa cidade e por todos os lugares por onde passarmos. Não
somos do mundo, mas, não devemos nos afastar dele. Não somos
das trevas mas não podemos fugir delas. Somos luz e,
portanto, devemos iluminar o caminho por onde muitos
passarão, e se acharão, e se salvarão.
Estaremos sempre livres de tentações e de lutas? Não. O
Senhor nos avisou: "No mundo tereis aflições". Porém, é
exatamente neste mundo de aflições que Ele espera que
estejamos. Ele nos mandou ter bom ânimo e nos assegurou que
a vitória jamais deixaria de ser nossa.
O pecado não é maior que a santidade; a angústia não é maior
que o regozijo; as trevas nunca suplantarão a luz. Somos os
filhos de Deus e Ele sempre estará conosco.
Enquanto estamos no mundo -- e não devemos querer sair dele
-- somos a luz do mundo. As aflições são passageiras, mas, a
alegria nos acompanhará por toda a eternidade.
Você prefere se isolar em sua santidade ou ser uma bênção no
mundo?
"Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
Não são do mundo, como eu do mundo não sou" (João 17":15,
16).