terça-feira, 13 de setembro de 2011

“Não acho que sou refém da base aliada”, diz Dilma


A presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista para o Fantástico, levada ao ar na noite do domingo (11), e, entre assuntos de sua vida cotidiana no Palácio da Alvorada, falou sobre o andamento das coisas no Planalto. Dilma disse que “tem absoluta certeza” que o país estará pronto para a Copa do Mundo de 2014, negou que o governo tenha interferido na recente decisão do Banco Central de reduzir a taxa de juros em 0,5 ponto porcentual e voltou a defender sua base aliada no Congresso. Dilma rechaçou novamente o termo “faxina”, mas não por que ele é humilhante para os demitidos do governo, e sim porque, segundo ela, “faxina você faz às 6h da manhã, e às 8h, ela acabou. Atividade de controle do gasto público, na atividade presidencial, jamais se encerra.”

Dilma: “Não acho que sou refém e nem acho [que possa ficar]. Tem de ter muito cuidado no Brasil para a gente não demonizar a política. Nós temos uma discussão de alto nível com a base, com a nossa base, e nós vamos…

Fantástico: E como que a senhora controla esse toma lá da cá, digamos assim, cada vez mais sem cerimônia das bancadas? Como é que a senhora faz esse controle?

Dilma: Você me dá um exemplo do “da cá” que eu te explico o “toma lá”. Estou brincando contigo. Vou te explicar. Eu não dei nada a ninguém que eu não quisesse. Nós montamos um governo de composição. Caso ele não seja um governo de composição, nós não conseguimos governar. A minha base aliada, ela é composta de pessoas de bem. Ela não é composta, não é possível que a gente chegue e diga o seguinte: “Olha, todos os políticos são pessoas ruins”. Não é possível isso no Brasil.

Por José Antonio Lima – Do Época