sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Mais de 30% das famílias brasileiras estão no pendura


Um dito popular tornou-se realidade para 32,8% das famílias brasileiras. É o tal do “devo, não nego, pago quando puder”. Este alto percentual de quem diz que não ter condições de quitar as contas em atraso está no Índice de Expectativas das Famílias (IEF). O levantamento é realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os números de julho foram divulgados ontem. Tem mais. A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgou que, em julho, a inadimplência do consumidor registrou alta de 8,55% na comparação com o mesmo mês de 2010.

O IEF mostrou que, entre os que têm dívidas, 47,8% disseram que vão conseguir quitá-las parcialmente. Apenas 16,4% dos entrevistados terão condições de honrar os compromissos sem problemas. As famílias do Norte são as que têm maiores dificuldades de pagar as contas em atraso: 55,9%. No Nordeste, 27% das famílias disseram não ter condições de pagar os atrasados. A grande maioria (61,9%) disse que só poderá quitar as contas em parte. E 10,2% garantiram que pagarão as dívidas sem problemas.

Ainda de acordo com o levantamento do Ipea, o valor médio da dívida dos brasileiros aumentou 2,06% entre junho e julho, passando de R$ 4.343,95 para R$ 4.433,65. Se serve de consolo para os endividados, na comparação com julho de 2010, o valor é 18,30%. Um ano atrás, a dívida média do brasileiro era de R$ 5.426,59. Para 39,1% das famílias, a dívida representa até uma vez a renda mensal. Pior para 15,7% dos endividados. Eles responderam que o que devem corresponde a mais de cinco vezes a renda mensal da família.

Já a alta da inadimplência verificada pela CNDL foi a sexta seguida, o que, segundo os técnicos da instituição, sugere uma cautela ainda maior por parte de lojistas e consumidores para o restante do ano. O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior, defende a “qualidade do crédito, pois o público tende a pagar, em primeiro lugar, a prestação da casa, em vez do financiamento do calçado, do vestuário ou do eletrodoméstico”. Para ele, a tendência é de crescimento da inadimplência no restante deste ano, fechando em 7,5% na comparação com 2010.

32,8% das famílias endividadas disseram não ter condições de quitar os débitos

47,8% das famílias afirmaram poder pagar as dívidas parcialmente

16,4% dos endividados disseram que podem quitar os débitos sem problemas

R$ 4.433,65 foi o valor médio da dívida

5 vezes ou mais a renda mensal era o valor da dívida para 15,7% das famílias

6,9% das famílias planejavam tomar empréstimo ou fazer financiamento para adquirir um bem nos próximos três meses

Fonte: Ipea

Confira 10 dicas para você tirar o desgosto do mês de agosto e cuidar das finanças:

1. Faça um orçamento detalhado do seu orçamento. Liste as suas receitas. Some todo o dinheiro que forma a renda da família

2. Com as planilhas em mãos, chegou a hora de encontrar oportunidades para reduzir despesas

3. Sempre é possível fazer economia de maneira simples. Um exemplo típico é adequar o plano do celular. A sua conta é adequada ao seu perfil?

4. Para as despesas eventuais, estipule um limite de valor. E tenha disciplina. Não fuja da regra, nem mesmo diante de uma tentadora promoção

5. Planeje seus gastos e despesas futuras. Liste os seus objetivos de curto, médio e longo prazo

6. Se a meta é passar o fim do ano na praia, faça uma estimativa dos gastos e projete quanto precisará economizar até dezembro para bancar a viagem

7. Caso você já esteja pensando em trocar o carro no próximo ano, inclua também esse objetivo na meta

8. Depois faça a lista dos projetos e sonhos de longo prazo, como comprar a casa própria ou um imóvel na praia

9. O importante é estipular um prazo para todos os itens. Depois é preciso traçar um plano de investimento para tornar os projetos realidade

10. Identifique qual investimento é o mais indicado para cada um dos seus objetivos. Aplicações de menor risco são as mais indicadas para o curto prazo

Fonte: Blog Como investir/Anbima