quarta-feira, 17 de agosto de 2011

EUA propõem parceria com Brasil para atender à demanda de etanol



Trabalho conjunto com o Brasil pretende criar condições para produção do biocombustível com preços baixos


Os Estados Unidos pretendem trabalhar conjuntamente com o Brasil para atender à demanda mundial do mercado de etanol, liderado pelos dois países em termos de produção e exportações, afirmou nesta segunda-feira (15/8) em São Paulo o subsecretário de Energia americano, Daniel Poneman.

"Temos de trabalhar juntos para criar condições para atender à demanda global", assinalou Poneman. Segundo ele, o trabalho em conjunto busca fazer com que "as gerações futuras de consumidores possam ter acesso ao biocombustível com preços baixos" e ambos os países possam "concorrer no mercado com as fontes de energia fósseis", além de intervir na redução de emissões de gás carbônico.

Poneman, no entanto, evitou entrar em detalhes sobre a discussão bilateral relacionada aos subsídios aplicados pelos Estados Unidos a sua produção interna e às barreiras impostas à importação do álcool brasileiro. Ele comentou que esse era um assunto para ser tratado "no Congresso americano".

A aproximação bilateral no tema dos biocombustíveis será abordada na quarta-feira (17/8) por Poneman durante um encontro que terá em Brasília com as autoridades brasileiras e os representantes do setor privado de energia.

O Brasil, com matriz de cana-de-açúcar, e os Estados Unidos, que utilizam o milho como matéria-prima, são os maiores produtores de etanol do mundo.

De acordo com Poneman, o mercado de biocombustíveis pode "ter uma grande oportunidade", em termos de promoção do anidrido, com a realização no Brasil da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

O desafio do Brasil, ressaltou Poneman, é o mesmo de outros países grandes, que é o da integração de "forma inteligente" de energias limpas, como a solar e a eólica, com os sistemas de energia tradicionais, devido a que as fontes como o sol e os ventos "são variáveis".

Por Agência EFE