O índice, divulgado pela consultoria Mercer, considera o custo de vida para estrangeiros. São Paulo é a cidade mais cara de todo o hemisfério ocidental. O Rio vem logo em seguida e Brasília ocupa a 33ª posição
O Brasil tem duas cidades entre as 15 mais caras do mundo para estrangeiros. No ranking das 50 mais caras, são três capitais nacionais - São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília - que integram o índice, publicado nesta terça-feira (12) pela consultoria Mercer. O destaque fica para São Paulo, que é não apenas a cidade mais cara de toda a América, como a cidade mais cara de todo o hemisfério ocidental. A culpa, dizem os especialistas, é do real valorizado e da alta no preços dos imóveis na capital paulista.
Viver em São Paulo é tão caro para um estrangeiro que a cidade supera cidades europeias como Londres, Paris e até a americana Nova York no quesito custo de vida. A cidade ocupa a décima posição do ranking, seguida de perto pelo Rio de Janeiro, na 12ª. Segundo a Mercer, o motivo foi a invasão de estrangeiros nos últimos anos, contratados por grandes multinacionais instaladas no país.
O levantamento é feito a cada ano pela consultoria para ajudar empresas multinacionais a decidir onde estabelecer suas bases de operação e quanto custará levar profissionais estrangeiros a determinadas cidades. O estudo avalia custo de roupas, alimentação, entretenimento, aluguel, carros e outros itens. Para criar o ranking, a consultoria estabeleceu Nova York como base de comparação.
Segundo o estudo, a cidade mais cara do mundo é Luanda, na Angola. A guerra civil que destruiu o país por duas décadas foi superada agora com o boom do petróleo. Mas em uma capital parcialmente destruída, os poucos imóveis disponíveis têm preços superiores ao das grandes cidades. O resultado é um custo de vida para um expatriado muito além do que se consideraria como normal.
Logo em seguida vem Tóquio e N’Djamena, no Chade, com situação semelhante à de Luanda. Moscou, Genebra, na Suíça, Osaka, no Japão, Zurique, Cingapura e Hong Kong completam a lista dos 9 primeiros.
A Mercer destaca o salto que as cidades brasileiras deram na comparação com a mesma lista de 2010. No ano passado, a capital paulista era a 21ª cidade mais cara do mundo. O Rio de Janeiro ocupava a posição número 29 e Brasília era a 70ª cidade mais cara do mundo. Mas o crescimento econômico de 7% em 2010, o boom nos preços de imóveis e principalmente a valorização do real diante do dólar transformaram o ranking.
Em apenas um ano, a capital do federal deu um salto de 37 posições e já é mais cara que Roma, ocupando a 33ª posição. Com o novo resultado, São Paulo ficou mais cara que Londres, na 18ª posição. Milão, Paris, Roma, Viena, Dubai e mesmos cidades na Escandinávia são hoje mais baratas que a capital carioca, pelo menos em dólares.
REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA ESTADO
