quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cana, laranja e pecuária são destaques do novo Plano Agrícola


Demais culturas ganham limite de crédito único de R$ 650 mil


Numa tentativa de diminuir o problema da escassez deetanol, o governo vai incentivar o plantio, a ampliação ou renovação das lavouras de cana. Para isso, o novo Plano Agrícola e Pecuário, anunciado nesta terça-feira (31/05), fixa em R$ 1 milhão o limite de crédito para os produtores de cana. Os secretários de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, e o adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, detalharam as principais novidades para o setor, que entram em vigor no dia 1º de julho, quando tem início a safra 2011/2012. O novo plano beneficia especificamente os setores sucroalcooleiro, de produção de suco de laranja e pecuário.

Bittencourt informou que os recursos para a renovação da lavoura serão limitados a 20% da área já em produção. Como a linha terá validade para as próximas quatro safras, o produtor poderá renovar até 80% do canavial nesse período, com taxa de juros de 6,75% ao ano e cinco anos para pagar, incluindo 18 meses de carência. O secretário disse ainda que a linha é focada em produtores independentes, devendo atender principalmente os médios, e não para usinas, que produzem cerca de 70% da cana brasileira.

Com o objetivo de estimular a compra de reprodutores e matrizes bovinas ou bubalinas, o governo está criando uma linha de crédito de até R$ 750 mil por pecuarista. E, finalmente, fechando os três setores destacados pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, será aberta linha especial de crédito para a laranja, com limite de R$ 30 milhões por agroindústria.

Além disso, para simplificar as operações e dar incentivos similares a diversos produtos, foi fixado em R$ 650 mil olimite de crédito único para todas as culturas e atividades. Para algumas, o limite vinha decrescendo, chegando a ser de R$ 200 mil. “Isso fazia com que o crédito se concentrasse mais em soja e milho, e o controle era quase impossível de ser feito”, disse Bittencourt. A intenção do governo é dar uma certa igualdade entre aqueles produtos que tinham certa prioridade no passado, por serem commodities de exportação, e os produtos voltados mais diretamente ao consumo interno.

por Agência Brasil