sexta-feira, 25 de março de 2011

Cuidados com higiene evitam a transmissão da conjuntivite, explica médico


Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo


Foto 1 de 6 - A maioria dos casos de conjuntivite é causada por vírus ou bactérias, por isso lavar bem as mãos é o principal conselho para evitar o contágio Getty Image
s

Até o dia 20 de março, a capital paulista registrou mais de 71 mil casos de conjuntivite viral. Algumas cidades do litoral e do oeste do Estado de São Paulo também enfrentam surto da doença desde o Carnaval, por isso é bom redobrar os cuidados com higiene para evitar acordar de manhã com os olhos grudados.

A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana que recobre o olho e a superfície interna das pálpebras. Na maioria dos casos, a doença é causada por bactérias ou, como ocorre agora em SP, por vírus. Mas também é comum haver inflamação devido a exposição dos olhos a agentes irritantes ou produtos que causam alergia. Apenas nos casos de vírus e bactérias é que a doença é contagiosa.

“A conjuntivite é transmitida com muita facilidade, por isso é importante lavar bastante as mãos e evitar compartilhar toalhas, fronhas e outros artigos de uso pessoal”, recomenda o oftalmologista Claudio Luiz Lottenberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein.

Ele sugere que também é melhor passar por mal-educado e evitar beijar alguém que está com conjuntivite do que se arriscar a contrair a doença.

Outro conselho do oftalmologista é evitar a automedicação. “Os colírios possuem princípios ativos diferentes e alguns deles podem ter efeitos colaterais, por isso só podem ser prescritos por um médico”, alerta.

Sintomas

Os principais sintomas da conjuntivite são sensação de areia nos olhos, vermelhidão, inchaço e secreção. Quando a visão fica embaçada, é sinal de que a inflamação alcançou a córnea, o que não é tão comum, mas pode ser perigoso.

Lavar bem os olhos e aplicar compressas geladas são medidas que ajudam a amenizar os sintomas.

Usar óculos ajuda a esconder o aspecto ruim que a doença provoca, mas não evita a transmissão do vírus.

De acordo com o especialista, a doença na maioria das vezes é autolimitada, ou seja, passa sozinha após uma ou duas semanas, mas os colírios prescritos pelo médico ajudam a lubrificar os olhos e aliviar os sintomas. Nos casos de conjuntivite bacteriana, pode ser necessário o uso de antibiótico.