O pai costumava, antes das refeições, orar agradecendo a
Deus por todas as bênçãos recebidas por sua casa. Logo após
a oração, como também era seu hábito, iniciava as
murmurações: "Essa carne está cada vez pior; e vejam o
tamanho desses ovos, parece que diminuem a cada dia; as
taxas de juros estão altíssimas; as batatas parecem
plástico; o salário não dá para nada; o café está amargo; os
preços estão absurdos. Um dia, sua pequena filha virou-se
para ele e perguntou: "Papai, Deus ouve quando você Lhe
agradece por todas as bênçãos?" Mostrando um semblante
confiante, ele respondeu: "Sim, querida, Ele ouve". "Papai",
ela continuou, "Deus também ouve quando você reclama sobre a
carne e as batatas?" Mostrando, agora, alguma indecisão, ele
respondeu: "Sim, Ele ouve também". "E em qual Deus você
acredita?" Concluiu a menina.
Aproveitando a pergunta da menina de nossa ilustração,
podemos refletir e dar a nossa resposta pessoal. Em qual
Deus nós acreditamos? A quem estamos entregando nossas
vidas? Em qual Deus estamos firmados para a edificação de
nossa vida espiritual?
Se nós cremos em um Deus Todo Poderoso e temos nos alegrado
em Sua proteção, Seus cuidados e Sua provisão, por que
reclamamos tanto? Por que nossa família, nossos irmãos da
igreja, nossos amigos e até companheiros de trabalho e
estudos têm testemunhado nossas constantes murmurações?
Cremos no nosso Deus ou não? Abrimos, de verdade, nossos
corações para o Senhor ou ele continua fechado?
Se nós confiamos no Deus que servimos, saibamos
agradecer-lhe por tudo. Ele sabe o que é melhor para nós e o
tempo certo para cada bênção. Se eu tenho tudo, devo
agradecer ao Senhor. Se eu não tenho tudo, devo agradecer
também, crendo que Ele está no controle de todas as coisas.
Ele é o meu Deus e o meu Senhor em todas as ocasiões. Eu sou
feliz por isso e as circunstâncias não mudarão o meu
pensamento e nem impedirão a minha felicidade.
Eu creio no Deus a quem sirvo, e você?
"Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo
fará" (Salmos 37:5).