Uma estratégia inteligente para conquistar quem frequenta mídias sociais passa pela identificação precisa dos formadores de opinião
Nas redes sociais, tempo também é dinheiro. Como fazer para que o conteúdo da empresa seja comentado e permaneça em alta? Cofundador do Social Media Club, membro do Media 2.0 Workgroup e autor do livro Engage (Engaje-se), Brian Solis afirma ser preciso conhecer as "redes-nicho", as minirredes dentro das principais.
Qual o primeiro passo para quem pretende lidar com redes sociais?
Primeiro, você precisa identificar a linguagem utilizada em todas as áreas da empresa, do marketing ao atendimento ao cliente. É preciso representar a sua marca no universo virtual de um jeito que o usuário a reconheça da mesma forma que a conhece no mundo real.
Contexto é mais importante que conteúdo?
A atenção das pessoas hoje é focada. Elas se conectam baseadas nos interesses em comum. A socialização não se dá apenas com conhecidos, mas com quem elas querem conhecer. Nesse processo, várias redes de assuntos em comum se formam. Um conteúdo não fará efeito se não for importante para um grupo específico. O contexto de cada um desses grupos dentro de sua rede social é o que dará forma ao conteúdo oferecido por uma empresa.
Qual a importância do mapeamento das "redes-nicho"?
É importante para entender e descobrir quem defende seu mercado e como a informação se propaga. O mapeamento também o ajuda a descobrir quem são as pessoas mais importantes desses grupos.
Como identificar essas pessoas influentes?
Existem sites como o Kloud Score, que analisa a influência e o alcance das pessoas no Twitter. Outra forma de localizar essas pessoas por interesse é fazer pesquisas simples, por palavras-chave, e descobrir o que elas procuram, quais seus interesses. Eu uso o Google Ad Words para encontrar as palavras mais pesquisadas e os sinônimos. A partir disso, pesquiso quem realmente está falando, comentando e influenciando pessoas em cada assunto.
Qual a maior dificuldade das empresas?
Muitas fazem esse tipo de engajamento apenas uma vez e não dão continuidade ao trabalho. As empresas identificam pessoas influentes, as presenteiam de alguma forma, mas depois as abandonam. Essa estratégia foi usada pela Starbucks, sem sucesso. Os usuários acabam se tornando embaixadores temporários da marca. Mas você tem de se colocar no lugar dele e se perguntar: "O que você tem feito por mim ultimamente?".
Como manter o relacionamento?
Não há resposta exata. Os resultados são diferentes em cada empresa. Você precisa fazer testes com cada interação, medir o sucesso em cada uma.
O que o sr. chama de "caráter de residência" nas redes sociais?
Essa é a habilidade de manter algo vivo na rede, que seja comentado ou visto. Isso é crítico. Você precisa pensar em todas as formas de manter seu conteúdo vivo. "Residence design" é novo para o mundo da web, mas não para quem já trabalhou no mercado do boca a boca. Esse é o trabalho deles, descobrir como fazer as pessoas continuarem falando sobre algo.
Por Rafael Farias Teixeira
Nas redes sociais, tempo também é dinheiro. Como fazer para que o conteúdo da empresa seja comentado e permaneça em alta? Cofundador do Social Media Club, membro do Media 2.0 Workgroup e autor do livro Engage (Engaje-se), Brian Solis afirma ser preciso conhecer as "redes-nicho", as minirredes dentro das principais.
Qual o primeiro passo para quem pretende lidar com redes sociais?
Primeiro, você precisa identificar a linguagem utilizada em todas as áreas da empresa, do marketing ao atendimento ao cliente. É preciso representar a sua marca no universo virtual de um jeito que o usuário a reconheça da mesma forma que a conhece no mundo real.
Contexto é mais importante que conteúdo?
A atenção das pessoas hoje é focada. Elas se conectam baseadas nos interesses em comum. A socialização não se dá apenas com conhecidos, mas com quem elas querem conhecer. Nesse processo, várias redes de assuntos em comum se formam. Um conteúdo não fará efeito se não for importante para um grupo específico. O contexto de cada um desses grupos dentro de sua rede social é o que dará forma ao conteúdo oferecido por uma empresa.
Qual a importância do mapeamento das "redes-nicho"?
É importante para entender e descobrir quem defende seu mercado e como a informação se propaga. O mapeamento também o ajuda a descobrir quem são as pessoas mais importantes desses grupos.
Como identificar essas pessoas influentes?
Existem sites como o Kloud Score, que analisa a influência e o alcance das pessoas no Twitter. Outra forma de localizar essas pessoas por interesse é fazer pesquisas simples, por palavras-chave, e descobrir o que elas procuram, quais seus interesses. Eu uso o Google Ad Words para encontrar as palavras mais pesquisadas e os sinônimos. A partir disso, pesquiso quem realmente está falando, comentando e influenciando pessoas em cada assunto.
Qual a maior dificuldade das empresas?
Muitas fazem esse tipo de engajamento apenas uma vez e não dão continuidade ao trabalho. As empresas identificam pessoas influentes, as presenteiam de alguma forma, mas depois as abandonam. Essa estratégia foi usada pela Starbucks, sem sucesso. Os usuários acabam se tornando embaixadores temporários da marca. Mas você tem de se colocar no lugar dele e se perguntar: "O que você tem feito por mim ultimamente?".
Como manter o relacionamento?
Não há resposta exata. Os resultados são diferentes em cada empresa. Você precisa fazer testes com cada interação, medir o sucesso em cada uma.
O que o sr. chama de "caráter de residência" nas redes sociais?
Essa é a habilidade de manter algo vivo na rede, que seja comentado ou visto. Isso é crítico. Você precisa pensar em todas as formas de manter seu conteúdo vivo. "Residence design" é novo para o mundo da web, mas não para quem já trabalhou no mercado do boca a boca. Esse é o trabalho deles, descobrir como fazer as pessoas continuarem falando sobre algo.
Por Rafael Farias Teixeira