sexta-feira, 29 de outubro de 2010

No Dia Mundial de Combate ao AVC, aprenda a identificar os sintomas do problema


Diante dos sinais o serviço de emergência deve ser acionado imediatamente; quanto mais rápido o atendimento, menores as chances de sequelas graves

Veja quais os principais fatores de risco para o AVC
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Especial ensina como agir em situações de emergência
Uma em cada seis pessoas no mundo terá um AVC (Acidente Vascular Cerebral, popularmente chamado de derrame), ao longo da vida. É por isso que nesta sexta-feira (29), dia mundial de combate ao problema, especialistas alertam para a importância de se reconhecer os sinais causados por uma obstrução ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais.

Primeira causa de mortes e incapacidades no Brasil, o AVC pode ser dividido em dois tipos: isquêmico (cerca de 80% dos casos) e hemorrágico (cerca de 20%). O primeiro é causado por um coágulo que obstrui a artéria, levando à morte de neurônios. Já no AVC hemorrágico o sangue é extravasado para dentro do cérebro, comprimindo os neurônios.

“Para o AVC isquêmico, existe uma medicação que pode ser administrada na veia, até 4h30 depois do início dos sintomas, que pode diminuir em 30% a chance de o paciente ficar com sequelas graves”, explica a neurologista Adriana Conforto, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). É por isso que buscar ajuda assim que os sinais aparecem é fundamental.

O AVC pode se manifestar por um ou mais do sintomas. Veja quais são:

- Fraqueza ou formigamento de repente, em um dos lados do corpo

- Dificuldade súbita para falar

- Dificuldade súbita para enxergar ou visão dupla

- Dificuldade súbita para caminhar ou perda do equilíbrio

- Tontura com sensação de que tudo está girando

- Dor de cabeça muito forte, de repente, sem causa aparente

“É preciso que, após o início dos sintomas, o serviço de emergência (Samu – número 192 em todo o Brasil) seja acionado e que o paciente seja levado rapidamente a um pronto-socorro de um hospital que possa oferecer tratamento”, alerta a médica.

Fatores de risco

Em um estudo realizado na população de Joinville (SC), pesquisadores detectaram que o principal fator de risco em pacientes com AVC isquêmico é hipertensão (pressão alta), presente em 59,3% das vítimas. Em seguida, apareceram o colesterol elevado (28,5% dos casos), o tabagismo (24,9%) e o diabetes (26,9%). Consumo excessivo de álcool, obesidade e sedentarismo também podem aumentar a predisposição à doença.

“Quanto maior o número de fatores de risco, maior a chance de uma pessoa ter um AVC. E quem já teve um tem risco maior de ter outro”, previne a neurologista.

Para evitar o derrame e outras doenças vasculares, as recomendações são as seguintes: controlar a pressão alta, o diabetes, o colesterol e eventuais doenças do coração, se for o caso, além de fazer exercícios físicos regularmente, evitar a obesidade por meio de uma dieta saudável, limitar o consumo de álcool e não fumar.

Orientação

Nesta sexta-feira, equipe da Faculdade de Medicina da USP orienta a população de como se prevenir da doença. Das 10 às 12 horas, os médicos irão abordar os fatores de risco, estimular a vida saudável e mostrar os sinais de alerta de um AVC para um rápido socorro. Também haverá distribuição de materiais educativos para maior conscientização do público.

As ações acontecerão no Prédio dos Ambulatórios, por onde circulam diariamente mais de 10 mil pessoas, à Av. Enéas de Carvalho Aguiar, 155, próximo à estação do Metrô Clínicas.

Do UOL Ciência e Saúde