Investigar informações subjetivas, hobbies e interesses, fazer perguntas sobre situações vividas e aplicar testes práticos aprimoram a seleção
Encontrar a pessoa certa para uma vaga não é tarefa fácil: as empresas brasileiras estão entre as que mais têm dificuldade para selecionar profissionais adequados. Segundo um estudo lançado em maio pela consultoria de recursos humanos Manpower, 64% dos 850 empregadores ouvidos no Brasil disseram que não conseguem encontrar pessoas para preencher as vagas disponíveis. Esse é o segundo maior índice entre os 36 países pesquisados - nós só ficamos atrás do Japão, onde 76% das empresas apontaram essa dificuldade. A média global é de 31%.
Um processo seletivo benfeito pode ajudar a incluir a empresa no grupo das que conseguem ocupar adequadamente os seus postos. Divulgar a vaga nos lugares certos, prestar atenção aos pontos relevantes do currículo e investigar as competências na entrevista são algumas das ações para encontrar o novo colaborador. No caminho da contratação eficaz, contudo, há gastos: anúncios, provas, tempo dos gestores e, às vezes, consultorias externas. "Calculo o custo da seleção entre 10% e 20% do salário anual da vaga em questão, sem contar o treinamento do novo funcionário", afirma Marcelo Marzola, 33 anos, diretor-geral da Predicta, empresa especializada em comportamento do consumidor nos meios digitais.
Pequenas Empresas & Grandes Negócios preparou um guia para contratar bem, que você confere a seguir. Ao longo do processo, é importante informar os resultados aos participantes. "Envie uma mensagem padrão para os que mandarem currículos, dizendo que os candidatos que se encaixarem no perfil serão chamados para uma entrevista", diz Elaine Aranha, coordenadora de executive search da consultoria Across. Após as conversas, cabe aos avaliadores informar aos profissionais se serão considerados para uma próxima etapa. Os que foram descartados devem receber uma justificativa. "É preciso manter a transparência e o bom relacionamento. No futuro, alguns deles poderão se encaixar em outras vagas", afirma Elaine.
Por Mariana Iwakura