Jorge Melo - Ex - GMSCC
Ofício nº 01/2010
De: GM Mello
Aos: Companheiros da Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe
Venho por meio deste, aos 30 de maio de 2010, às 14:30, muito respeitosamente dar aos senhores justificativas de meu pedido de exoneração do Concurso da Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe.
Meu objetivo não é colocar pessoas em julgamentos. Quero deixar bem claro que, apesar dos pesares, admiro a pessoa do Getúlio Pacheco de Lima, pois não é qualquer pessoa que vem de onde ele veio que chega a comandar nobres homens como os senhores.
Pedi minha exoneração pelos motivos pessoais a seguir:
· Com muito orgulho desde 19 de Agosto de 2007, enverguei essa farda, a qual muito representava para minha pessoa. Lembro-me do dia em que estava em um local com o então Inspetor Getúlio e o mesmo me indagou: “- Se um dia fizeres algo de errado que manche essa farda, estarás ferrado comigo, pois essa corporação é minha vida. È sangue azul marinho na veia.”. Na época eu ocupava o grupamento do STPP com muito orgulho e dedicação. Sempre que me ofereciam uma propina em ocorrências, lembrava-me daquelas palavras.
· Após minha saída do STPP, no que me resultou a um TCO cumprido por quatro meses na 3ª CIPM, minha vida na GM veio mudando a cada dia. Vim sendo alvos de chacotas perante os senhores, com palavras me tachando como um louco, ou sem juízo, pois sempre lutei por um salário digno e era contra as retiradas de direitos adquiridos por nós, tais como: Insalubridade, horas extras, falta de aumento de salários e alimentação para a GM ;
· Passei o Curso de Formação de Guardas Municipais todo sendo tratado com discriminação, tendo muitas vezes que procurar o Tem. Alves após as aulas para me aconselhar, pois forte era o constrangimento e com ele a vontade de desistir.
· Após nossa formatura, muitas vezes, em formação junto a tropa me trocaram de posto sem justo motivo, sempre em caráter prejudicial a minha pessoa. Quando indagado ao Inspetor Arlindo, o mesmo respondia perante a tropa: “Estou simplesmente cumprindo ordens.”
· Desde então minha vida na GM veio só piorando. Faltas não reconhecidas por meus superiores e cobradas em meus contracheques em dobro, localizando-me a cumprir escala em lugares desfavorecidos, enquanto alguns nunca pisaram os pés lá, e outras coisas mais.
· Para terminar, a alguns dias atrás, por falta de pagamento de minha responsabilidade, já que pelo menos sete ou oito meses meu salário vinha baixo por motivo de faltas dobradas injustamente, obtive um mandado de prisão por falta de pensão alimentícias, no que me deixou a possibilidade de sair do que um, dia eu chamava de MINHA INSTITUIÇÃO para hoje chegar ao ponto de chamar de MEU EX-CAMPO DE CONCENTRAÇÃO, pois além do salário baixo, das indiferenças, veio a minha saúde abalada e o descontrole emocional com minha família, nos quais a partir de hoje vou tentar corrigir.
Hoje peço desculpas se magoei alguém no decorrer de minha historia na Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe e peço á Deus que abençoe grandiosamente vocês, das cozinheiras ao Secretário.
Cordialmente,
__________________________
Jorge Clementino de Mello
EX-GMSCC/PE Mat. 6476
Ofício nº 01/2010
De: GM Mello
Aos: Companheiros da Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe
Venho por meio deste, aos 30 de maio de 2010, às 14:30, muito respeitosamente dar aos senhores justificativas de meu pedido de exoneração do Concurso da Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe.
Meu objetivo não é colocar pessoas em julgamentos. Quero deixar bem claro que, apesar dos pesares, admiro a pessoa do Getúlio Pacheco de Lima, pois não é qualquer pessoa que vem de onde ele veio que chega a comandar nobres homens como os senhores.
Pedi minha exoneração pelos motivos pessoais a seguir:
· Com muito orgulho desde 19 de Agosto de 2007, enverguei essa farda, a qual muito representava para minha pessoa. Lembro-me do dia em que estava em um local com o então Inspetor Getúlio e o mesmo me indagou: “- Se um dia fizeres algo de errado que manche essa farda, estarás ferrado comigo, pois essa corporação é minha vida. È sangue azul marinho na veia.”. Na época eu ocupava o grupamento do STPP com muito orgulho e dedicação. Sempre que me ofereciam uma propina em ocorrências, lembrava-me daquelas palavras.
· Após minha saída do STPP, no que me resultou a um TCO cumprido por quatro meses na 3ª CIPM, minha vida na GM veio mudando a cada dia. Vim sendo alvos de chacotas perante os senhores, com palavras me tachando como um louco, ou sem juízo, pois sempre lutei por um salário digno e era contra as retiradas de direitos adquiridos por nós, tais como: Insalubridade, horas extras, falta de aumento de salários e alimentação para a GM ;
· Passei o Curso de Formação de Guardas Municipais todo sendo tratado com discriminação, tendo muitas vezes que procurar o Tem. Alves após as aulas para me aconselhar, pois forte era o constrangimento e com ele a vontade de desistir.
· Após nossa formatura, muitas vezes, em formação junto a tropa me trocaram de posto sem justo motivo, sempre em caráter prejudicial a minha pessoa. Quando indagado ao Inspetor Arlindo, o mesmo respondia perante a tropa: “Estou simplesmente cumprindo ordens.”
· Desde então minha vida na GM veio só piorando. Faltas não reconhecidas por meus superiores e cobradas em meus contracheques em dobro, localizando-me a cumprir escala em lugares desfavorecidos, enquanto alguns nunca pisaram os pés lá, e outras coisas mais.
· Para terminar, a alguns dias atrás, por falta de pagamento de minha responsabilidade, já que pelo menos sete ou oito meses meu salário vinha baixo por motivo de faltas dobradas injustamente, obtive um mandado de prisão por falta de pensão alimentícias, no que me deixou a possibilidade de sair do que um, dia eu chamava de MINHA INSTITUIÇÃO para hoje chegar ao ponto de chamar de MEU EX-CAMPO DE CONCENTRAÇÃO, pois além do salário baixo, das indiferenças, veio a minha saúde abalada e o descontrole emocional com minha família, nos quais a partir de hoje vou tentar corrigir.
Hoje peço desculpas se magoei alguém no decorrer de minha historia na Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe e peço á Deus que abençoe grandiosamente vocês, das cozinheiras ao Secretário.
Cordialmente,
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Jorge Clementino de Mello
EX-GMSCC/PE Mat. 6476