domingo, 11 de outubro de 2009

"A alta das bolsas diminuiu o ímpeto pela regulação dos bancos"


Para Armínio Fraga, ex-presidente do BC, a demora na adoção de medidas de controle do sistema bancário não significa que o processo parou


O economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central não é apenas um dos profissionais da área mais respeitados do Brasil. Ele é, também, um dos mais bem relacionados no exterior. É membro do exclusivíssimoc Grupo dos 30, formado por 30 celebridades internacionais, como Paul Volcker (ex-presidente do Fed, o banco central americano), Jean Claude Trichet (presidente do Banco Central europeu) e Paul Krugman (Prêmio Nobel de Economia em 2008). Antes de comandar o BC no Brasil (1999-2003), também foi executivo da Soros Fund Management, do investidor George Soros, e diretor da área internacional do BC (1991-1992). Conhece, portanto, como poucos as tendências do mercado financeiro global. Na entrevista exclusiva que concedeu a ÉPOCA na semana passada, em seu escritório no bairro do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, ele falou também sobre as mudanças no papel do Fundo Monetário Internacional (FMI) e sobre a regulação dos bancos lá fora. "Hoje, com essa rápida recuperação dos mercados, principalmente das bolsas, existe menos entusiasmo com a reforma", diz. "Mas não creio que esse processo vá parar."