sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Varejo prevê melhor Natal desde 2007, diz Instituto do desenvolvimento do Varejo



A previsão é de crescimento de 11,1% nas vendas

O faturamento das principais redes varejistas no Natal deste ano deve ser o maior desde 2007. A previsão é de um crescimento em dezembro de 11,1% das vendas reais, descontada a inflação medida pelo IPCA, na comparação com o mesmo mês do ano passado. A estimativa foi apurada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) com 35 das principais varejistas instaladas no País, como Pão de Açúcar, Carrefour, Walmart, Casas Bahia, Magazine Luiza, Lojas Renner, C&A, Riachuelo, Telhanorte, C&C Casa e Construção, Leroy Merlin, Drogasil, Lojas Cem e Ponto Frio.

Em dezembro, as vendas do varejo serão puxadas pelo segmento de bens duráveis, como móveis, materiais de construção, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, com alta de 16,7% sobre igual mês de 2009, de acordo com o IDV. Já as vendas de bens não duráveis, como alimentos, produtos farmacêuticos e perfumaria, devem avançar 9,1%. Para a venda de bens semiduráveis, como vestuário e livraria, a estimativa é de alta de 7,7% do faturamento.

"Esse números refletem o momento econômico e a maturação dos recentes investimentos das redes varejistas", diz o economista do IDV, Marcelo Waideman. Esse otimismo está levando as redes varejistas a ampliarem o contingente de empregados, que deve ser acrescido em 27% com as contrações temporárias, especialmente para as vendas de final de ano. Deste total, a entidade estima que pelo menos 10% continue nas empresas após o período temporário.

Apenas para os meses de outubro, novembro e dezembro, o faturamento real das varejistas aponta para um crescimento de 11,1% sobre o mesmo intervalo do ano passado. Esse resultado reflete uma aceleração frente à receita obtida pelas varejistas entre abril, maio e junho (5,2%), assim como entre julho, agosto e setembro (6,2%), ambos na comparação com os mesmos meses de 2009.

Segundo o instituto, os números refletem a confiança dos consumidores com o atual momento econômico, as condições favoráveis de concessão de crédito e a elevação da renda, resultante do aumento dos empregos formais. Para novembro, os associados preveem um aumento de 11,8% das vendas, lideradas por bens duráveis (+16,5%), não-duráveis (+11,2%) e semiduráveis (+8,8%).

As varejistas mantêm-se otimistas com as vendas para 2011, porém estimam uma desaceleração frente ao ritmo observado este ano. Com base nas projeções para os meses de novembro e dezembro, o faturamento real do varejo deverá encerrar 2010 com incremento de 7,8% sobre 2009. Apenas para janeiro, a receita deverá avançar 8,3%. Para o acumulado do próximo ano, o instituto não divulgou projeções.

Agência Estado