sábado, 3 de julho de 2010

Cresce o número de pedidos de marcas feitos por empresas no Brasil




Registro pode ser feito à distância e é garantia de segurança contra plágio da concorrência.



Nos últimos três anos, os pedidos de marcas feitos por pequenas empresas cresceram no Brasil. Conseguir o registro de propriedade significa ter o direito de criação em qualquer área intelectual. O registro de uma marca pode ser feito à distância. Basta entrar no site do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O empresário se cadastra, escolhe o nome e paga a taxa. Para micro e pequenos empreendedores, o valor é de R$ 120. Mas nem sempre fazer o pedido de uma marca é suficiente. A análise do INPI pode demorar anos. O risco é o empresário investir numa marca e depois o registro não ser concedido. “Após dois anos de o empresário começar a fazer o investimento, todo mundo já conhece a empresa dele. Você já imaginou se depois desse tempo, quando todo mundo já conhece, chega alguém e diz: você precisa mudar porque já existe essa marca registrada?”, questiona a agente da propriedade intelectual Ana Gomes. A primeira dica é fazer uma pesquisa de marcas no próprio site do INPI e verificar se não há nome igual ou parecido dentro do segmento que o empresário trabalha. Outro cuidado é escolher uma marca forte. O ideal é que o nome não tenha relação direta com o produto ou serviço oferecido. “Se você vende cadeira, você não pode ter exclusividade da marca cadeira.
Se você vende veículos, não vai ter exclusividade da palavra veículo. Então, é preciso existir a diferença porque ninguém detém a exclusividade dentro do seu ramo”, explica Ana.
Para o INPI, hoje, os pequenos empresários estão mais conscientes da importância de se registrar uma marca. Nos dois últimos anos, os pedidos aumentaram 80%.
“Hoje, até as associações de classes e mesmo junto a alguns órgãos públicos, onde eles fazem o registro, existe já algum tipo de informação. Mesmo qualquer área, o INPI tem investido muito nessa disseminação da cultura da propriedade industrial e da importância do registro”, argumenta Maria dos Anjos Marques, da Divisão Regional do INPI/SP.