Estudo mostra que hoje esses empreendimentos protegem mais seus dados do que no ano passado
As pequenas e médias empresas encaram com prioridade a proteção dos dados de tecnologia da informação (TI), ao contrário do que acontecia 15 meses atrás, quando essas companhias nem sequer contavam com soluções básicas de proteção e recuperação das informações. A conclusão é da pesquisa Symantec 2010 sobre Proteção das Informações nas Pequenas e Médias Empresas, apresentada nesta quarta-feira (7) e feita com 2.152 empreendimentos que têm entre 10 e 499 funcionários sediados em 28 países, entre eles Brasil, Argentina, Colômbia e México.
“Há um ano, o estudo identificou que um terço das pequenas e médias empresas não contava com nenhuma proteção básica, nem sequer antivírus, e assim essas companhias estavam mais expostas a riscos. Hoje, o panorama mudou e vemos que as pequenas e médias empresas reconhecem os perigos que enfrentam e já estão tomando medidas para proteger suas informações de modo mais abrangente”, afirma Wilson Grava, vice-presidente da Symantec para a América Latina.
A mudança de comportamento das pequenas e médias empresas é explicada porque seus executivos admitiram, durante a pesquisa, que a perda de dados e os ciberataques estão entre os principais riscos desses negócios, à frente das ações criminais tradicionais, dos desastres naturais e do terrorismo. Dentre os entrevistados, 74% disseram estar preocupados ou muito preocupados com a perda de dados eletrônicos; 42% admitiram ter perdido informações confidenciais no passado e todas as empresas que sofreram perda de dados tiveram prejuízo direto em seu faturamento.
Outro problema apontado pelas PMEs é a perda de equipamentos. Cerca de dois terços das empresas pesquisadas perderam, nos últimos 12 meses, algum dispositivo, entre eles notebooks, celulares ou smartphones.
De acordo com o levantamento global, as pequenas e médias empresas investem, em média, US$ 51 mil por ano na proteção dos dados e a equipe de TI emprega cerca de dois terços de seu tempo de trabalho em tarefas relacionadas à proteção das informações, incluindo segurança de TI, recuperação, backup, arquivamento, recuperação e preparação para casos de desastres.
Na América Latina e Brasil No nosso país, a preocupação das pequenas e médias empresas em relação à segurança das informações é semelhante. No Brasil, 18% dos entrevistados afirmaram que o número de ataques virtuais aumentou nos últimos 12 meses. No estudo realizado em 2009, 40% das PMEs brasileiras não possuíam nem ao menos uma solução de backup/recuperação. Na pesquisa deste ano, 85% das empresas entrevistadas afirmam já ter alguma solução dessa natureza instalada.
Dentre os entrevistados no Brasil, assim como no resultado global, todos afirmam que os ataques virtuais realizados contra as PMEs trouxeram algum prejuízo. As principais perdas aqui costumam ser queda na produtividade (68%), perda de receita (11%) e perda de confiança por parte dos clientes (10%).
Da redação