Há exatamente 20 anos a economia brasileira foi objeto de uma experiência inédita.
Fernando Collor de Melo anunciou no dia 16 de março de 1990 – um dia depois de assumir a presidência do Brasil – um plano que prometia acabar com a inflação do país, que estava na casa dos 2.000% ao ano.Por meio de uma Medida Provisória, Collor e sua então ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, bloquearam a poupança e todas as aplicações financeiras da época acima de NCZ$ 50 mil (cruzados novos) – o equivalente hoje a R$ 6.000, em valores corrigidos pela inflação oficial, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).Entre os governos de José Sarney – o primeiro civil a dirigir o país após 21 anos de ditadura militar – e o de Collor, o Brasil viveu cinco planos de estabilização econômica. Sarney, que a seu tempo teve taxas de popularidade e aprovação similares à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criou mecanismos de controle de preços como as chamadas tablitas, dando origem às “fiscais do Sarney” – que vigiavam os passos dos funcionários dos supermercados que andavam com marcadores de preços. Nenhum funcionou.
Do R7.com