“O Recife acordou deu bom dia ao povo na rua, pulando de
alegria...” A canção que traz mais ou menos esta letra em forma de melodia
harmoniosa, se repete há anos e está na mente de muitos, como tantas outras que
são cantadas nas ruas, nos encontros de blocos e agremiações carnavalescas,
embora ela cite o xaxado e o baião em uns de seus refrãos, agregado ao frevo e
maracatu, que juntos e misturados, contagiam multidões, que embalam tantas
outras canções, lembrando bem um dos clássicos de Claudionor Germano: “Bela é
toda a natureza, belo é tudo que é belo...”, que deram origem a inúmeras
cantigas de marcantes referencias e se tornaram hinos e se eternizaram.
Da mesma forma, as festas juninas também tem seus clássicos,
como os do Rei do baião, Santana o cantador, Marinês e sua gente, azulão e
tantos mais, além dos embalados forrós, sem falar nas quadrilhas matutas e
estilizadas com suas alegorias, estandartes e ritmos mais avexados, mostrando
as misturas e comparações idênticas com as festas momescas. No tocante aos
refrãos dos cânticos modernos de ambas as festanças, parece se juntar passando a
incutir letras irreverentes nas mentes dos foliões e forrozeiros mirins, sem
nem uma comparação da musicalidade dos tempos idos, que trazemos à lembrança
suas maiorias, inteligentes, sadios e belos pra se ouvir e cantar em família
nos recordando das marchinhas corsos e forró pé de serra.
- Do livro "Delira Dantas !!!" - De Marcos Valério de Lira Dantas