segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O descobrimento do pau-brasil

 
 
 
 
 Apesar do desmatamento secular, projetos recentes persistem na luta pela sobrevivência da espécie.
Nas terras do país que ostenta uma vasta pauta de exportações de matérias-primas, um produto bem menos abundante, mas igualmente apreciado, reclama socorro.
E já há alguns séculos.
Em 3 de maio comemora-se o dia da árvore que dá nome ao país.
O pau-brasil foi, a rigor, o primeiro item vendido ao exterior pelo Brasil - e não foi apenas o nome que se subtraiu da árvore.
Espécie típica da Mata Atlântica, com ocorrência do Rio Grande do Norte a São Paulo, sua extração foi favorecida pela localização das florestas junto ao litoral.
Rapidamente, ainda nos anos de 1500, os colonizadores portugueses descobriram a vocação do pau-brasil (ou ibirapitanga, em tupi-guarani) para o tingimento de tecidos, pela presença de um corante avermelhado chamado 'brasilina'.
O comércio manteve-se lucrativo até meados do século XIX, quando foi progressivamente substituído por corantes sintéticos.
Mas, pouco antes, por volta de 1750, um novo destino foi dado à madeira: a confecção de arcos de violino.
A atividade atravessou gerações e chegou aos dias atuais: os músicos a consideram matéria-prima única para esse instrumento musical, conferindo-lhe altíssima flexibilidade.