Em um dos municípios com pior IDH do Brasil, um trabalho social mostra que é possível conviver com Semiárido e produzir frutos em meio a seca. |
A Colheita de melancias realizada nos dias 22 e 23 de março deste ano no município denominado de Inajá, localizado ao Sudoeste da cidade de Recife, à distancia de 383 km, na mesorregião do Sertão Pernambucano e Microrregião Sertão do Moxotó, foi mais um prova de que é possível conviver com a estiagem no Semiárido, o que falta é apoio e recursos aos pequenos agricultores. Muitos deles buscam linhas de crédito e esbarram na burocracia...
A safra de melancia produzida por moradores do Sitio Baixas que receberam da ONG Pão é Vida suporte para produzir através da água e insumos necessários, ainda é vendida aos atravessadores, por falta de um caminhão próprio para transportar a colheita
O preço obtido dessa vez foi de R$ 0,20 o quilo, preço muito baixo, tendo em vista o valor de mercado, quando esse produto chega ao consumidor final com um custo entre R$ 0.90 e R$ 1,20 o quilo.
O voluntário Davi Chaves levou seu pai Raimundo, que atualmente reside em Santa Catarina, para conhecer o projeto de irrigação.
Raimundo (que durante muitos anos de sua vida realizou um belo trabalho missionário no Nordeste Brasileiro) veio visitar os filhos e netos.
Davi que é um parceiro da instituição há vários anos, é um dos filhos dele, e ao saber da vinda do pai se programou para fazer uma visita ao Sertão, para que ele conhecesse os projetos realizados pela ONG Pão é Vida e parceiros no Sertão. Juntos eles visitaram famílias na Baixa Grande e participaram da alegria das pessoas durante a colheita.
Somos gratos pela possibilidade de ver famílias colhendo o fruto de seu trabalho e podendo para adquirir alimentos de primeira necessidade.
A maioria dos sertanejos não estão colhendo nada com essa seca que se prolonga. Muitos perderam todos os seus seus animais... A seca que assola o Sertão Nordestino já dizimou com 30% dos rebanhos do RN e 40% dos rebanhos da Paraíba. Em Pernambuco mais de meio milhão de animais já morreram por causa da estiagem.
A ideia de combate a seca é considerada por muitos teóricos, como ultrapassada porque o se concluiu após vários estudos, que a estiagens sempre ocorrem e por isso, é preciso conviver com o clima Semiárido, desenvolvendo projetos que possibilitem o melhor aproveitamento e distribuição da água, perfurando poços para irrigação, construindo barragens e etc...
No Nordeste, política de convivência com o semiárido substitui combate à seca
A ideia de combate a seca é considerada por muitos teóricos, como ultrapassada porque o se concluiu após vários estudos, que a estiagens sempre ocorrem e por isso, é preciso conviver com o clima Semiárido, desenvolvendo projetos que possibilitem o melhor aproveitamento e distribuição da água, perfurando poços para irrigação, construindo barragens e etc...
No Nordeste, política de convivência com o semiárido substitui combate à seca
O semiárido brasileiro enfrenta a pior seca dos últimos 40 anos, e os sertanejos ainda continuam sofrendo com a estiagem. Sociedade civil e governo federal investem agora em políticas de convivência com o semiárido.
Trata-se da 72ª grande estiagem registrada em mais de 500 anos de história, segundo dados da Articulação pelo Semiárido (ASA), rede formada por mais de 750 organizações da sociedade civil, que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas de convivência com a região semiárida.
No entanto, até bem pouco tempo, em vez de disseminar políticas de "convivência com o semiárido", o governo federal empreendia o "combate à seca" – e isso desde que o imperador Dom Pedro 2° autorizou a construção do açude do Cedro, uma das primeiras grandes obras públicas de combate à estiagem, em 1880, passando pela fundação do atual Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), em 1909, e, na segunda metade do século 20, da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e outros órgãos.
Trata-se da 72ª grande estiagem registrada em mais de 500 anos de história, segundo dados da Articulação pelo Semiárido (ASA), rede formada por mais de 750 organizações da sociedade civil, que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas de convivência com a região semiárida.
No entanto, até bem pouco tempo, em vez de disseminar políticas de "convivência com o semiárido", o governo federal empreendia o "combate à seca" – e isso desde que o imperador Dom Pedro 2° autorizou a construção do açude do Cedro, uma das primeiras grandes obras públicas de combate à estiagem, em 1880, passando pela fundação do atual Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), em 1909, e, na segunda metade do século 20, da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e outros órgãos.