segunda-feira, 25 de março de 2013

Dilma visita o Pajeú de Eduardo


A presidente Dilma Rousseff (PT) vai aproveitar a visita às obras do sistema adutor Pajeú, em Serra Talhada, na manhã desta segunda-feira (25), para apresentar medidas emergenciais de enfrentamento à seca no Nordeste, apontada com a maior dos últimos 50 anos.
 
Nas reuniões das últimas semanas no Palácio do Planalto, inclusive com a participação da presidente, ministros e políticos da região relataram a dificuldade de distribuição do estoque de milho comprado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a alimentação do rebanho nordestino, além da carência de água. Uma das possibilidades levantadas é de levar o milho em aviões da Força Aérea Brasileira para a região. Outra é de perfurar poços de grande profundidade para abastecer os carros-pipas.
A avaliação feita pelo Planalto e parlamentares nordestinos é que a longa estiagem, com rebanhos de gado morrendo de sede e de fome, compromete o crescimento econômico da região, que vem registrando índices maiores do que o resto do país. A equipe da presidente teme que o prejuízo econômico afete também sua popularidade, por isso ela tem tido agenda tão constante em Estados nordestinos. Na visita a Pernambuco, Dilma estará ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), seu eventual adversário nas eleições presidenciais de 2014.

O governo também deverá anunciar medidas em relação a divida dos produtores rurais. Já foi anunciado o adiamento do vencimento da primeira parcela dos empréstimos para junho, mas a própria presidente, em entrevista para rádios de Alagoas, há 15 dias, admitiu a possibilidade de perdão da dívida dos agropecuaristas atingidos pela seca.

A demora no repasse de dinheiro para os municípios é outra reclamação frequente, e o governo poderá mandar os recursos diretamente paras as prefeituras. Para isso, deverá ser criado um grupo de observação e acompanhamento da execução das medidas emergenciais de enfrentamento da seca no Nordeste. Desde abril do ano passado, o Governo Federal já liberou R$ 5,1 bilhões para ações emergenciais contra a seca.