quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Uma cadeira histórica para o futebol pernambucano


Arena da Copa Pernambuco

O futebol em Pernambuco tem mais de 100 anos de história. Os primeiros registros vêm do amistoso entre Sport e English Eleven na campina do Derby, em 1905.
O avanço estrutural nesse tempo todo passou por campos abertos, campos murados, as primeiras arquibancadas em 1919, ainda de madeira, na Avenida Malaquias, e os primeiros degraus de concreto, na década de 1930, na embrionária Ilha do Retiro.
E o que dizer do gigantismo a partir de 1972, com o Arruda? Com as multidões nos anos 80, na ampliação do Colosso, passando a abrigar até 90 mil torcedores.
Épocas nas quais a quantidade de gente presente era o objetivo. A qualidade da estrutura não era algo pensado no contexto local. Até que vieram as primeiras normas internacionais de segurança, no fim do século XX, sob imposição da Fifa.
O tamanho dos assentos, de 30 centímetros de largura, evoluiu para 50 centímetros. Cadeiras obrigatórias. Torcedores em pé, esmagados, não teriam mais lugar.
Ao menos no papel. Pois, na prática, essa transformação demorou para chegar em Pernambuco, onde setores de cadeiras sempre foram redutos dos mais abastados, ocupando uma parcela menor da capacidade dos maiores estádios da capital.
Por isso, por mais que sejam apenas algumas cadeiras, as fotografias da instalação dos primeiros assentos na arena em São Lourenço da Mata é algo emblemático.
Pela primeira vez um estádio de futebol de grande porte no estado será totalmente tomado por cadeiras numeradas. Serão 46.214, espalhadas nos aneis inferior e superior.
Nenhum setor terá torcedores em pé ou mesmo sentados no cimento.
O que um dia foi um sonho está bem perto de virar realidade…