Uma data importantíssima para a organização do país.
A Copa do Mundo de 2014 se aproxima a passos largos.
Investimentos fora do planejamento inicial, para renegociar prazos e aumentar o efetivo de operários, vêm sendo recorrentes nos empreendimentos.
Tudo o que se dizia que não aconteceria.
Afinal, seria esse o Mundial da iniciativa privada. Na verdade, nunca houve tanto dinheiro público derramado em estádios de futebol.
Na verdade, até teve algo parecido, na década de 1970, nos tempos do regime militar. No fundo, o objetivo era o mesmo, o ópio do povo.
Voltando ao presente, vemos uma correria desenfreada para garantir a matriz de responsabilidades assinada junto à Fifa. Cobranças semanais, pesadas.
Em 16 de setembro de 2011, quando faltavam 1.000 dias, a data foi celebrada. Talvez porque a Copa do Mundo ainda parecesse algo longe da realidade, fantasiosa. Não é.
O mundo vai olhar para cá em muito breve. A responsabilidade brasileira é enorme.
Apesar da consciência do que está por vir, desta vez a data passará com discrição.
A cobrança por celeridade nas obras vai continuar. A CBF, à frente do Comitê Organizador Local, terá um site especial com a contagem regressiva, com cartaz oficial.
Mas é pouco provável que alguém ligue de verdade para o Mundial nesta segunda feira,. Nem 500 dias seriam suficientes para apagar da memória a dor da tragédia de Santa Maria.
A consternação se estende às arquibancadas. O futebol segue de luto.