terça-feira, 28 de agosto de 2012

Menstruar ou não menstruar? A possibilidade de se livrar ‘daqueles dias’ é cada vez mais incentivada.




Não dá para negar que o período da menstruação é chato. Além do desconforto de usar absorventes, ainda têm as cólicas e a TPM que incomodam. Com os métodos contraceptivos e as intervenções hormonais de hoje, é possível suspender a menstruação sem contraindicações. Especialistas garantem que interromper a menstruação pode ser benéfico. Mesmo assim, muitas mulheres ainda têm receio de aderir à medida.
“Não existe nenhuma contraindicação para a interrupção do fluxo menstrual. A princípio, qualquer mulher pode procurar o médico e perguntar qual é o método ideal para ela fazer isso”, explica a ginecologista Ana Lucia Beltrame. Para o ginecologista e obstetra Soubhi Kahhale, é importante que a decisão seja exclusivamente da mulher. “Ninguém deve se deixar influenciar pelo desejo do parceiro ou por imposição médica. A mulher pode parar de menstruar se isso for um grande incômodo para ela”, defende o médico.
Além da pílula de uso contínuo, dos adesivos anticoncepcionais e do anel vaginal, Ana Lucia explica que existe outro método eficiente para fazer a interrupção. “O DIU de progesterona é uma opção de baixa dosagem hormonal e é colocado dentro do útero. Ele pode interromper o fluxo ou aumentar para vários meses o espaço entre cada menstruação.” Kahhale conta que esse DIU causa baixíssima absorção hormonal, pois age direto no útero. “Sua ação é apenas no endométrio. Além de suspender a menstruação, é um método anticoncepcional eficiente”, completa o médico.
Mais benefícios de não menstruar
Os médicos explicam que não há estudo comprovando que a suspensão cause qualquer mal também para a mulher que queira engravidar. “Não existe o menor risco de infertilidade. Pelo contrário, já está comprovado que mulheres vítimas de endometriose (que causam dores e podem dificultar a vida sexual) podem resolver o problema parando de menstruar”, diz Ana Lucia. “A interrupção também tende a diminuir as chances de câncer nos ovários.”