A primeira menstruação é um lance muito importante para as mulheres. Além disso, ela marca a estreia no ginecologista – antes disso, só precisa procurar o especialista se houver algum problema clínico ou atraso na formação sexual, aumento dos seios ou na quantidade dos pelos. A consulta não tem mistério: provavelmente, o médico vai querer saber quando começou o ciclo menstrual, se o sangramento foi grande, se houve cólicas, notou corrimento na calcinha, sentiu ou ainda sente dores de cabeça, nos seios ou na hora de fazer xixi.
Algumas confissões também podem ser feitas, confissões estas que talvez nem a sua melhor amiga saiba, como se você já teve relação sexual ou se pretende ter em breve. “O sigilo médico é lei e garante que o especialista não conte para ninguém o que você disser na sala do ginecologista”.
Se possível a mãe deve acompanhar a filha, na primeira consulta. Para que a paciente se sinta mais segura, é bom levar um caderninho com as suas dúvidas – não esquecendo de incluir na lista as informações sobre os métodos contraceptivos. E nada de ficar com vergonha ou achar que vai pagar mico se perguntar, por exemplo, se o absorvente íntimo pode ser usado por quem é virgem (a resposta é sim!) e para que serve o hímen, aquela pele fina que fecha parcialmente a entrada da vagina. “Apesar do bate-papo ser descontraído, ele é importante para que o profissional conheça a adolescente e ela possa se sentir à vontade para esclarecer dúvidas e até curiosidades e fique relax quanto ao exame de toque, que nunca é feito em quem é virgem, mas é normal o médico examinar os seios e a barriga e querer fazer ultrassom para ver como estão os ovários e o útero”. Finaliza o ginecologista Dr. José Bento de Souza, especialista em reprodução humana, de São Paulo, autor do Guia Mulher & Saúde (editora Alaúde).
