quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Exposição de artista polonês inaugura parceria entre Centro Cultural BNB e Fundação Joaquim Nabuco


FORTALEZA, A exposição do artista polonês Artur Zmijewski inaugura parceria entre o Centro Cultural Banco do Nordeste e a Fundação Joaquim Nabuco para a realização de ações nos campos da cultura, arte, educação e memória. A abertura da exposição, que contará com a presença da diretora de Cultura da Fundação Joaquim Nabuco, Silvana Meireles, será no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza na próxima quarta-feira dia 30, às 20 horas, e ficará em cartaz até 31 de dezembro (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 12h às 18h). O curador da exposição e coordenador de Artes Visuais da Fundação Joaquim Nabuco, Moacir dos Anjos, proferirá duas palestras sobre a relação entre Arte e Política, na abertura (dia 30) e no dia seguinte (1º de dezembro), sempre às 18h30.

A mostra integra o projeto Política da Arte, iniciado em 2009, na Fundação Joaquim Nabuco, sob o pressuposto de que mais do que dar visibilidade a imagens e ideias criadas em outras partes, a arte é capaz de, a partir dela mesma, desafiar os consensos e acordos que organizam e apaziguam a vida. Ao embaralhar os temas e as atitudes que a cada lugar e momento cabem no campo do possível, a arte aponta para a possibilidade do novo e tece a sua própria política.

Artur Zmijewski nasceu em 1966 em Varsóvia, Polônia, onde vive. Estudou escultura na Academia de Belas Artes de Varsóvia entre 1990 e 1995, mas logo se destacou por seus cáusticos vídeos, nos quais torna visíveis situações e fatos que os consensos sociais transformam em tabu. Em diversos trabalhos feitos no início de sua trajetória expôs, com calculada crueza, a vida de pessoas com deficiências físicas crônicas ou com doenças incuráveis, concedendo voz e imagem àqueles cuja presença pública causa inequívoco desconforto aos supostamente sãos. Em outra série articulada de vídeos, investigou e exibiu os cotidianos banais de trabalhadores comuns, desprovidos de qualquer apelo que justifique, na hierarquia de valores que organiza o corpo social contemporâneo, olhar tão cuidadoso e atento. Em um terceiro conjunto de vídeos – dos quais os apresentados nesta exposição são parte importante –, o artista discute, por meio das tensas e críticas narrativas que constrói, contextos políticos e históricos permeados por conflitos abertos ou por velados antagonismos.