sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Volume das exportações de carne suína do país cai quase 19% em setembro



Após cem dias de restrições impostas pela Rússia à carne suína brasileira, os prejuízos continuam, mas o setor consolida sua independência em relação àquele mercado, tradicionalmente o principal comprador. Essa é a avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto.

“O desempenho das vendas externas em setembro não foi ruim, com 41,39 mil toneladas embarcadas e receita de US$ 113,74 milhões”, afirma Camargo Neto. Isso significa queda de 18,86% no volume geral das exportações de carne suína e de 8,05% no faturamento. O preço médio, entretanto, registrou aumento de 13,31%, comparado com setembro de 2010.

Houve crescimento nos embarques para Ucrânia, Hong Kong e Argentina. Em todos esses países, a elevação ocorreu tanto em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, como no acumulado do ano, em relação a igual período de 2010.

De janeiro a setembro, as exportações de carne suína totalizaram 412,17 mil toneladas, uma redução de 5,32% ante igual período de 2010, e um aumento de 5,53% no faturamento (para US$ 1,06 bilhão).

Vendas para a Rússia

As estatísticas dos nove primeiros meses deste ano apontam que a Rússia permanece como o primeiro comprador, seguido de Hong Kong, Ucrânia, Argentina e Angola. Porém, os números de setembro não escondem as perdas: houve uma variação negativa nas vendas para a Rússia de 90,13% (somando apenas 2,25 mil toneladas), na comparação com igual mês do ano passado, e de 88,61% em valor.

De janeiro a setembro, o Brasil vendeu para a Rússia 117,8 mil toneladas de carne suína, com um faturamento de US$ 366,9 milhões. Houve queda de 37,55% em volume e de 28,52% em receita, na comparação com o mesmo período de 2010.

Por Globo Rural On-line