sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Disputa pela candidatura presidencial republicana nos EUA está aberta novamente



As últimas pesquisas de opinião sobre escolha do candidato republicano para disputar a presidência dos Estados Unidos em 2012 com Barack Obama mostram um novo nome com boas chances, o do empresário Herman Cain (foto). Ele subiu nas pesquisas graças ao que o colunista Michael Medved, do site The Daily Beast, chama de “jogo peguei você” entre os dois outros favoritos, o governador do Texas, Rick Perry, e o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney. O “jogo” é a troca de acusações sobre assuntos pouco importantes ou que fogem à competência do ocupante da Casa Branca, como as bolsas que as universidades estaduais concedem. Para Perry a situação é um pouco pior depois da divulgação da notícia de que o sítio em que ele praticava caça levava um nome de cunho fortemente racista.

Assim, Cain vem crescendo, mas Medved nota que o fato de ele ter atacado Perry duramente por conta do nome do sítio pegou mal, uma vez que Perry e moradores da região afirmaram que o nome fora apagado há anos.

Se o líder da campanha “Yes, We Cain” abandonar sua aura de afabilidade e sua ênfase na reforma construtiva, ele vai perder os dois bens que deram propulsão à sua rápida ascensão. E se Cain não conseguir se sustentar, o que vai ocorrer?

O jornal Chicago Tribune, que em 2008 abandonou décadas de apoio ao partido Republicano para endossar Obama (e que hoje parece arrependido desta postura), faz questionamento semelhante no editorial “Obama pode perder, mas quem pode ganhar?” e diz que é fundamental que os próximos 13 meses até a eleição sejam bem trabalhados para que a população consiga se decidir.

O perigo é que nossos líderes passem esse tempo lutando pela Casa Branca até a exclusão da governabilidade, que a luta partidária sobre a dívida federal e o deficit continuem até o dia da eleição. Muito barulho, nenhum progresso sobre a reforma tributária ou reduções de gastos enquanto continuamos tomando emprestados U$S 4 bilhões por dia. Isso é algo que os americanos não podem suportar e que não deveriam tolerar.

Foto: Richard Drew / AP - Por José Antonio Lima