terça-feira, 6 de setembro de 2011

Lucrando com a Apple


Aplicativos, acessórios, cursos: essas são apenas algumas das possibilidades de modelos de negócios para quem quer ganhar dinheiro com os produtos da empresa californiana

Empreendedores brasileiros estão descobrindo novas maneiras de ganhar dinheiro com os produtos da Apple. É um bom momento para entrar na órbita da empresa californiana. Levantamento da consultoria Gartner mostra que, em 2010, foram vendidos 711 mil iPhones e 92 mil iPads no Brasil. Estima-se — não há números oficiais — que a marca represente cerca de 2% do mercado de computadores brasileiros, o equivalente a 50 mil máquinas vendidas anualmente. São números modestos, se levarmos em conta que a Apple faturou US$ 24,6 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2011. Mas a tendência é que a marca aumente sua presença no país: de acordo com a consultoria Frost & Sulivan, os brasileiros devem comprar 300 mil iPads em 2011. Isso sem falar no que pode acontecer caso se confirmem as notícias de que a Apple pretende fabricar produtos no Brasil.

Para quem está pensando em abrir uma empresa, uma possibilidade interessante é investir em cursos para iMac. Desde 2001, o centro de treinamento DRC oferece aulas de computação gráfica para usuários de Macintosh e Windows. Embora a escola também trabalhe com PCs, mais de 50% dos alunos são usuários de equipamentos da Apple – em 2010, a empresa faturou R$ 1,2 milhão. “A demanda por profissionais especializados tende a crescer com o sucesso do iPhone e do iPad”, diz Marcelo Loschiavo, um dos sócios da DRC. A popularidade dos aparelhos abriu espaço também para a expansão da indústria de aplicativos. A FingerTips, empresa do Grupo Pontomobi, produz apps para o celular e o tablet da Apple: os produtos geram uma receita anual de cerca de R$ 5 milhões. Outra área que lucra com os produtos Apple é a de acessórios. A Mobimax produz mais de 200 itens, entre adesivos, carregadores e capas. No segmento Apple, o crescimento da empresa foi de cerca de 40% em 2010, ano em que faturou R$ 12 milhões. “O ciclo de vida dos produtos de tecnologia é muito curto”, diz Edward Blinke Jr., diretor da Mobimax. “Por isso é preciso se atualizar sempre, de olho nas inovações da Apple.”

Luciane Crippa e Gilberto de Almeida