A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) começa a explorar uma nova alternativa para suprir as necessidades alimentares da população mundial. Entretanto, aos olhos e ao paladar ocidental, a proposta pode parecer um tanto quanto indigesta. Isso porque, o caminho sugerido pela organização inclui a ingestão de insetos e aracnídeos.
O novo hábito alimentar é apontado como uma solução para o aumento da demanda de alimentos desencadeada pelo crescimento da população planetária, que em outubro atingirá 7 bilhões de habitantes.
Segundo os estudos realizados, a criação de insetos se mostrou vantajosa, uma vez que eles produzem muito mais carne por quilo de ração ingerida que animais usuais como galinhas e porcos. Além do que, possuem corpo com maior massa comestível e emitem menos gases de efeito estufa que os bois.
Vale lembrar também que os insetos são ricos em minerais, vitaminas e proteínas. Apenas quatro gafanhotos, por exemplo, podem fornecer mais cálcio que um copo de leite, enquanto uma mopani, lagarta do tipo comestível, contem mais proteínas por grama que a carne bovina.
Mas e o sabor? Será que corresponde a riqueza desse valor nutricional? Há quem diga que sim! No livro, “Man Eating Bugs‚ The Art and Science of Easting Insects” ( “homens comendo besouros, a arte e a ciência de se comer insetos”, em português), o autor Peter Menzel afirma que o sabor de larvas de mariposa é semelhante à omelete de queijo defumado e que oscupins têm gosto de amendoim torrado.
Com essas comparações, você se arrisca a experimentar algumas dessas iguarias?
Foto: Felix Clay/Guardian - Por Angélica Oliveira – Do Globo Rural