quinta-feira, 8 de setembro de 2011

10 lições de uma startup


Há um ano, o norte-americano Shane Mac estava vendendo sua ideia de negócio durante um café com um dos fundadores do Startup Weekend, Clint Nelson. Era o site Hello There, que faz páginas personalizadas para quem procura um novo emprego.

Só que o que ele achava que iria tirar do papel em um mês levou quase um ano para se concretizar.

Nesse processo, ele afirma ter aprendido dez lições, que ele compartilhou no site da Young Entrepreneur Council.

1 – Você quer cobrar, o público quer de graça

Ao planejar o site, fiquei obcecado com o vídeo do candidato, que mostra quem ele realmente é. Pensei que fossem pagar pela página customizada com vídeo, mas me enganei.

A maioria quer o vídeo de graça, como no YouTube. Para eles, vale a pena pagar para ter um número ilimitado de páginas pessoais, já que acham que fazer um site é caro.

2 – Jamais esconda sua ideia

Tinha medo de mostrar minhas ideias, mas me disseram que essa era uma péssima estratégia. Bons investidores não embarcam em segredos. É preciso compartilhar para encontrar pessoas dispostas a embarcar no seu ideal e ajudar a colocá-lo em prática.

Assim, consegui formar uma baita equipe, e não selecionar profissionais medianos.

3 – Motive sua equipe

Não tenho problemas em dividir as ações da empresa com gente talentosa e dedicada. Isso vale mais do que ter controle total e trabalhar com quem não investe na sua ideia.

São as equipes que levam as ideias para a frente, então identifique quem tem a melhor performance, porque a execução é a chave para o sucesso.

4 – Para que você precisa de dinheiro?

No começo, reduzimos nossos custos fixos a quase nada. Ninguém saiu de seus empregos, e fizemos negócio com fornecedores para ver o que conseguíamos de graça.

Estar empregado não significa que você não pode se dedicar. Não adianta dizer que não tem tempo: é preciso priorizar tarefas, fazer sacrifícios e passar algumas noites em claro.

5 – Faça o cliente se sentir bem

Jamais esperei tanto feedback dos clientes, que geralmente vêm na linha do “obrigado por me arranjar um emprego”. Invista seu tempo em produtos simples e bonitos: o público vai adorar.

O consumidor é seu maior marketeiro – se as pessoas gostarem do que você faz, vão falar coisas boas para os outros.

6 – Seu pulo do gato pode não ser tão importante

Adoro vídeo, e isso foi o pontapé inicial para o negócio. Mas também sou extrovertido, ao contrário da maioria. Assim que percebi que fazer um vídeo era uma barreira para o usuário do site, percebi que tinha de repensar o modelo de negócios.

Vou ter que colocar uma opção para foto ou PowerPoint no site. Às vezes a solução é mais simples do que a que nós imaginamos.

7 – Mercados diferentes aparecem

O site foi pensado para pessoas que estavam procurando emprego – e que, claro, não querem gastar muito. Conversando com blogueiros para que escrevessem sobre nós, topei com uma especialista que disse que adoraria usar o site para vendas.

Achei uma boa ideia. Se você consegue convencer um vendedor a acessar seu site, que é sobre carreira, isso sinaliza que há mais a ser explorado.

8 – Bom e de graça? Pode funcionar

Adoro tudo o que posso testar antes de pagar. Então, ofereço a primeira página de graça. Se o consumidor gostar, paga pela próxima.

É uma tática muito simples, e a maioria dos clientes gosta de provar antes de comprar.

9 – Produtos simples são fáceis de vender

Não adianta fazer esforços de marketing se for difícil explicar a alguém por que deveria usar seu produto.

Em vez de gastar uma fortuna com agências, procuro jornalistas e blogueiros e construo uma relação com eles, contando boas histórias. Se seu produto for bom, eles vão divulgar.

10 – Não deixe o público escolher

Uma vez ouvi alguém dizer que 90% das pessoas precisam que lhe digam o que fazer. Acredito nisso, por isso nosso produto tem apenas um caminho que guia o consumidor durante todo o processo.

As pessoas gostam de fazer uma coisa de cada vez, então dê a elas exatamente essa experiência.

Por Bruna Maria Martins