quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A vez da moda on-line


Cresce o número de consumidores que se dispõem a comprar roupas e calçados pela internet. Empresários do setor contam quais são as melhores ferramentas para conquistar esse público potencial

As mulheres, quem diria, estão comprando mais roupas e calçados pela internet. Dados da consultoria e-bit dão conta de que, entre 2007 e 2010, o segmento da moda subiu da 26a para a sexta colocação no ranking das categorias que mais vendem on-line. A participação do setor nas compras virtuais, que era de 3% em 2009, aumentou para 5% em 2010. “Esse mercado pode crescer muito”, diz Alexandre Umberti, diretor de marketing e produtos da e-bit. “Mas é preciso que o consumidor tenha uma experiência de compra confiável.”

No caso da moda, a questão é determinante: as mulheres, público-alvo desse segmento, ainda hesitam em comprar sem um provador por perto. Para resolver o problema, os sites estão aperfeiçoando as ferramentas que permitem checar de perto detalhes e medidas. A mais comum é a que permite ter uma visão bem ampliada da peça. “Temos dois estúdios que funcionam nove horas por dia para fotografar tudo o que entra no site”, diz Antonio Pulchinelli, sócio do Superexclusivo, clube de compras lançado em 2007. Outra tática certeira é garantir a troca. “O empresário tem de estar preparado para aceitar a devolução e trocar de graça”, diz Paulo Humberg, presidente do Brandsclub, no ar desde 2009.

Alguns sites criaram editoriais de moda que ajudam o usuário a escolher o modelo adequado. “Fiz isso para deixar a consumidora mais segura”, diz Aline Mori, proprietária do Dona Edite, no ar desde maio. Para explorar o nicho de homens que gostam de camisas personalizadas, o Emporio Avant Garde investiu em tutoriais que ensinam a tirar as medidas. “A próxima etapa é fazer vídeos com os tecidos em movimento”, diz o dono, Jader Alvarado Ganzaroli. “Queremos que os clientes consigam perceber, mesmo a distância, a textura e o caimento da peça.”

Bruna Martins Fontes