quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Copa do Mundo preocupa fiscais agropecuários


Para classe, haverá carência de mão de obra nas cidades de realização do evento, em portos e aeroportos internacionais

A fiscalização agropecuária acontece nos portos, aeroportos internacionais (foto), aduanas especiais e postos de fronteira

A ausência de um plano estratégico voltado para conter os possíveis patógenos trazidos intencionalmente ou não para o território brasileiro pelo grande fluxo esperado no país por ocasião da Copa do Mundo de 2014 preocupa o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical).

O tema será discutido no evento que a entidade promove na próxima semana em Salvador, o II Congresso Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (II Conaffa), que acontece de 22 a 26 de agosto, no Bahia Othon Palace Hotel. Atualmente, o Brasil conta com um efetivo de aproximadamente 3,5 mil fiscais, mas, menos da metade desse total integra a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).

De acordo com Paulo Reis, delegado sindical da Bahia e coordenador do II Conaffa, haverá carência de mão de obra não apenas nas cidades sede da Copa, mas em todos os portos e aeroportos internacionais do país, sobretudo os mais remotos. “Em eventos como esse, é muito comum os turistas entrarem por aeroportos diversos e aproveitarem para conhecer o país. Será preciso reforçar a segurança em aeroportos na região Amazônica, por exemplo, em capitais como Natal e outras, que têm grande apelo turístico para esse momento, mas hoje demandam mais fiscais”, diz Paulo Reis.

O Vigiagro é o serviço do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) encarregado do trânsito internacional de animais, vegetais, suas partes, produtos, subprodutos e insumos agropecuários no território brasileiro. Ele existe e é necessário por conta da intensificação do comércio na economia global, que deixa os países mais vulneráveis ao ingresso de pragas dos vegetais e enfermidades dos animais. A fiscalização acontece nos portos, aeroportos internacionais, aduanas especiais e postos de fronteira.

No Brasil, há uma lista de produtos de entrada proibida sem autorização prévia e certificação sanitária. Quem infringe as normas tem os produtos apreendidos e, dependendo da natureza do material, serão incinerados, esterilizados ou destruídos.

Por Globo Rural On-line