domingo, 12 de junho de 2011

Produtos retrô atraem clientes que gostam de reviver tempos ‘da vovó’







Empresários restauram produtos antigos e notam aumento nas vendas.

Faturamento gira em torno de R$ 20 mil ao mês.


Cresce a procura por produtos e serviços inspirados no passado, o chamado mercado retrô. Agora, é possível decorar a casa como antigamente ou comprar produtos do tempo da vovó.

Nesta oficina é feita a recuperação de geladeiras antigas, algumas ainda da década de 40. O empresário Ulisses da Silva investiu no negócio há três anos e já sente os resultados. “De 2008 pra cá, a gente viu que realmente aumentou muito o lucro, em média de trezentos%”.

O empresário trabalha com quatro funcionários e faz em média 20 restaurações por mês.

Uma restauração completa chega a custar até R$ 4 mil. O faturamento da empresa gira em torno de R$ 20 mil por mês. Para captar clientes, o empresário aposta na internet, a principal forma de divulgação.

Bruno Moreno, um dos clientes, por exemplo, optou pela restauração de uma geladeira da década de 50 e pagou quase R$ 2 mil pelo serviço. “Eu sou apaixonado por carros antigos e sempre tive essa paixão por coisas antigas”, afirma.

Antiquário A empresária Caridad Fernandez também aposta no mercado retrô e investiu R$ 20 mil na montagem de um antiquário com produtos das décadas de 50, 60 e 70. A loja fica em São Paulo, em um bairro bastante conhecido pelo público pelas opções de arte e cultura.

O ambiente da loja faz bater aquela nostalgia, com produtos com o baleiros de vidro, telefones discados e os brinquedos que fizeram parte da infância de muita gente e hoje são usados como objetos de decoração. O que mais chama atenção fica na entrada da loja, uma lambreta fabricada em 1959.

A empresária viaja pelo país e conta com a ajuda de amigos e clientes para conseguir os produtos. “As pessoas também ligam para mim, veem meu site, minha linha que eu trabalho, ligam para oferecendo. E também tenho pessoas que trazem, chamam os catadores, eles já sabem que eu trabalho com essa linha e trazem a mercadoria”, explica.

Antes de colocadas à venda, as peças são restauradas. A mão de obra é terceirizada. A preocupação da empresária é manter a característica original dos objetos.

A loja tem mais de 400 itens, entre móveis e eletrodomésticos. São ventiladores, cadeiras, poltronas, geladeiras, armários e outros objetos que despertam o interesse de colecionadores ou de quem apenas quer relembrar o tempo da vovó. “Eu consigo, sei lá, colocar uma cadeira, como por exemplo, um pé palito na minha casa, que é uma coisa que não é da minha época, e viver um pouquinho da história da minha família, que eu vejo através das fotografias dos que viveram nessa época.” Os preços dos produtos são bem variados. Um ventilador é vendido a partir de R$ 100. Com preço bem mais salgado, uma bomba de gasolina da década de 60, custa R$ 10 mil. Quem quiser o objeto apenas para uma festa ou um evento, pode optar pela locação. Uma diária custa 20% do valor da peça. A empresa fatura em média R$ 20 mil por mês. Para montar uma loja de antiguidades, o investimento é a partir de R$ 20 mil. A dica é começar por objetos menores, porque o custo da restauração é mais baixo e o lucro na venda é maior. “Eu acho que está muito em moda. Muitas revistas, muitas propagandas nessa linha retrô tem aumentado”, diz a empresária.

Do PEGN