O Afeganistão é o lugar mais perigoso para uma mulher no mundo, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (15). O levantamento da Thomson Reuters Foundation, publicado no site TrustLaw (um serviço da fundação), ouviu especialistas nas questões de gênero nos cinco continentes, que listaram os riscos para as mulheres em cada país, incluindo violência sexual e não sexual, fatores culturais e religiosos, ameaças à saúde, falta de acesso a recursos e tráfico humano.
A triste lista dos cinco piores países para as mulheres é completada pelo Congo (mais de 400 mil são violentadas no país a cada ano!), pelo Paquistão (onde, por questões culturais e religiosas, são recorrentes as “punições” às mulheres por “crimes de honra”), pela Índia (com números alarmantes de tráfico de mulheres) e pela Somália (com uma série de ameaça, como alta mortalidade durante a gravidez, estupros e mutilação feminina), informa o CBSNews.
“Estou completamente surpresa porque pensei que a Somália seria o primeiro da lista, não o quinto”, disse a ministra somali para o Desenvolvimento das Mulheres, Maryan Qasim, ao TrustLaw.
“A coisa mais perigosa que uma mulher pode fazer na Somália é ficar grávida. Quando uma mulher engravida, ela tem 50% de chance de sobreviver porque não há nenhum acompanhamento pré-natal. Não há hospital, cuidados de saúde, nada.”
Maryan Qasim tem razão: a Somália poderia ficar em primeiro. Assim como o Congo, o Paquistão e a Índia. Pela descrição da pesquisa e por notícias que vimos com frequência, a situação é tão ruim para as mulheres que é difícil definir onde é pior.
Da redação do Época.