Produtores do grão estão optando por culturas que são mais rentáveis e de menor risco
A cultura do milho de verão (cultura de sequeiro e irrigado) no estado de São Paulo vem sofrendo nos últimos anos forte competição de área com atividades de menor risco e mais rentáveis, como as da cana-de-açúcar e da soja. Novamente, muitos produtores de milho fizeram a opção pela soja, que oferece melhores condições de rentabilidade, além da maior liquidez no momento da venda.
Por conta dessa interação de fatores, pode-se justificar a menor área plantada (5,2%) e, apesar dos ganhos de 2,3% na produtividade, há redução de 3,1% no volume a ser produzido, em relação aos resultados obtidos na safra passada. Para o milho safrinha, confirmou-se a previsão de crescimento observada no levantamento realizado no campo em fevereiro. A área cultivada passou de 253,45 mil hectares para 276,87 mil hectares, o que significa um aumento de 9,2%.
Assim, estima-se o incremento no volume a ser produzido de 8,7% e estabilidade no rendimento agrícola. Somente o Escritório de Desenvolvimento Regional (EDR) de Assis é responsável por 45% da área e 44% da produção de milho safrinha. No sudoeste paulista, que compreende os EDRs de Itapeva, Itapetininga e Avaré, o cultivo da safrinha começa a ganhar forças agora. Juntas, as regiões plantaram 46 mil hectares, o que corresponde a 37,6% da área de Assis. Segundo os técnicos da região, a opção pelo milho deve-se ao baixo preço dos grãos tradicionais de inverno, como o trigo e o triticale.
Por Agência Safras – Do Globo Rural