As sacolas plásticas criadas para facilitar a vida do dia a dia estão definitivamente com seus dias contados. De salvadoras da pátria ganharam status de vilãs do meio ambiente. O resultado são dezenas de prefeituras que começam a determinar a proibição da sacola plástica nos estabelecimentos comerciais.
A medida mais recente foi sancionada pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. A proibição das sacolas plásticas entra efetivamente em vigor em janeiro de 2012. Mas, durante esse período de adaptação, os estabelecimentos terão de fixar cartazes com a mensagem: "Poupe recursos naturais!Use sacolas reutilizáveis". O texto foi aprovado na Câmara Municipal. Quem insistir em usar as sacolas pagará multa de R$ 50 a R$ 50 milhões, de acordo com o faturamento da loja infratora.
Outras 12 capitais já têm medidas restritivas à utilização das sacolas plásticas. O município de Jundiaí (Grande São Paulo, 50 km da capital) foi um dos precursores. Um acordo entre a Associação Paulista de Supermercados (Apas) e a Prefeitura de Jundiaí, em julho do ano passado, substituiu as sacolinhas plásticas oxibiodegradáveis por sacolinhas produzidas com resina baseada em amido de milho.
Sem rumo
Os fabricantes de sacola plástica em São Paulo parecem um pouco perdidos. “A lei não está clara. Não sabemos que tipo de sacola será banida. A oxibiodegradável desaparece em 18 meses. A biodegradável é cara e a matéria-prima não está disponível. E os “sacolões” que utilizam plástico para colocar os alimentos, não terão restrições? Eu tenho orientado os meus clientes a continuarem utilizando as sacolas até o final do ano”, diz Ronaldo Marques Oliveira, representante comercial da D100 Embalagens Plásticas. Segundo ele, desde abril deste ano, quando a cidade de Belo Horizonte definiu a proibição, a procura por sacolas plásticas caiu 20%. “Nós vendemos uma média de 300 mil sacolas mês. Esse número deve cair bastante nos próximos meses.”