É recomendado o consumo de peixes ricos em ômega-3 entre dois e três dias por semana
Washington, 12 abr (EFE).- O consumo durante a gravidez do ácido graxo ômega-3, encontrado em peixes como o salmão, reduz o risco de depressão pós-parto, segundo um estudo de cientistas americanos publicado nesta terça-feira.
A doutora Michelle Price Judge, da Escola de Enfermagem da Universidade de Connecticut, demonstrara previamente que o consumo durante a gravidez do ácido docosahexaenoico (DHA), um ácido graxo poli-insaturado da série ômega-3, auxilia o desenvolvimento do bebê e quis saber o efeito que poderia ter na depressão pós-parto.
Para o novo estudo, analisou os hábitos alimentares de 52 mulheres grávidas que foram divididas em dois grupos.
Metade tomou um placebo e às mulheres do outro grupo foram administrados 300 miligramas de DHA cinco dias por semana entre as semanas 24 e 40 da gravidez, uma quantidade similar à de meia porção de salmão.
Os especialistas acompanharam as mães e mediram sua situação emocional através de uma escala de depressão pós-parto realizada pela doutora Cheryl Beck, da Universidade de Connecticut e coautora do estudo.
Segundo outras pesquisas mencionadas pelos autores, aproximadamente 25% das mães padecem deste tipo de depressão, que afeta as relações familiares e tem consequências no desenvolvimento afetivo da criança.
A análise dos dados indica que as mães que fizeram parte do grupo que consumiu pescado foram menos propensas a manifestar sintomas relacionados com a ansiedade.
Michelle e sua equipe assinalaram durante o Congresso de Biologia Experimental 2011, realizado em Washington, que seria necessário um estudo maior para entender o porquê e o alcance dos benefícios do ômega-3 para a saúde mental da mãe.
Ainda assim, foi recomendado o consumo de peixes ricos neste tipo de ácidos graxos entre dois e três dias por semana, já que são ricos em proteínas e minerais.