Comércio eletrônico faturou R$ 14,8 bilhões no ano passado
Da RedaçãoAs vendas na internet cresceram 40% no ano de 2010, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (22/3) pela empresa de monitoramento de comércio eletrônico E-bit. O faturamento do setor foi expressivo e alcançou os R$ 14, 8 bilhões. Um dos principais motivos para o bom resultado, de acordo com o levantamento, foi a migração da classe C, que antes comprava diretamente no varejo, para as compras na internet. Fatores como a Copa do Mundo – o que impulsionou a venda de TVs LCD – e datas comemorativas como Dia das Mães, Dia das Crianças, Dia dos Namorados, Natal, entre outros, favoreceram as vendas online. Essas datas, chamadas de sazonais pelo mercado, movimentaram cerca de R$ 4,5 bilhões no país — só o Natal movimentou R$ 2,2 bi, ou seja, 40% a mais do que no mesmo período em 2009. "As pessoas deixaram de comprar apenas livros e cds e passaram a comprar bens de valor agregado, como geladeiras e televisão", contextualiza Pedro Guasti, diretor geral da E-bit.
Com o fluxo de vendas maior entre um público que não costumava comprar pela web, efeito provocado pelo aumento de renda da população, naturalmente, o valor médio do dinheiro gasto nas compras cresceu para R$ 373. Aproximadamente 23 milhões de pessoas compraram artigos por meio do comércio eletrônico. Entre as categorias que mais se destacaram nas vendas online em 2010 estão os eletrodomésticos (14%), livros, assinaturas de revistas e jornais (12%), saúde, beleza e medicamentos (12%), informática (11%) e eletrônicos (7%). Os consumidores com renda até R$ 3 mil respondem por 50% do mercado. Já a confiança dos consumidores no comércio eletrônico aponta aprovação de 86,62% – ponto positivo para o setor, pois está acima do patamar de excelência de 85%.
Para 2011, a expectativa é que a expansão seja de 30%, para R$ 20 bilhões. No primeiro semestre do ano, diz o levantamento da E-Bit, cerca de 4 milhões de pessoas vão fazer a sua primeira compra online."A consolidação do setor deve continuar. O e-commerce brasileiro crescerá num ritmo menor que 2010, mas ainda será muito expressivo", explica Guasti.